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O perigo de cima! No Bota, metade dos gols sofridos veio pelo alto

23/03/2018 07h05

A via aérea do Botafogo está com o sinal amarelo ligado. No último jogo, contra o Vasco, a equipe de Alberto Valentim foi "bipolar" quanto ao quesito bola aérea: marcou dois de cabeça e viu a sua rede balançar da mesma forma pela mesma quantidade. No fim, final feliz para o dono do Nilton Santos, que venceu por 3 a 2 e avançou à final da Taça Rio.

Valentim, aliás, teve que responder a respeito dos gols em profusão levados de bola parada, um abacaxi que Felipe Conceição já tentara descascar no início da temporada. Até o momento, são oito gols levados por cima, sendo que o Glorioso já sofreu 16, ao todo, em 2018 - ou seja, metade veio das alturas.

- Vi um vídeo de 12 minutos e alguns segundos. Ficamos 45 minutos numa sala para corrigir a bola aérea. Falta lateral, a gente procura o máximo sair na batida da bola. Como corrigir? Só treinar, treinar e treinar - salientou o comandante.

O Botafogo já realizou 14 partidas na temporada: 13 pelo Carioca e um pela Copa do Brasil. No torneio nacional, em que houve a traumática eliminação para a Aparecidense, o Alvinegro sofreu os dois gols (2 a 1) da eliminação por cima. Conceição, na ocasião, foi muito criticado, principalmente por ter optado pelo esquema de três zagueiros pela primeira vez no ano ali. E houve vexame.

Com a sombra do aclamado Carli, Marcelo Benevenuto e Igor Rabello são os titulares da zaga. Valentim os prepara para o restante da temporada e, por isso, não mexe na dupla para dar rodagem a mesma.

Na estreia do Carioca, houve compreensível falha no empate diante da Portuguesa. Por cima também vieram gols contra Macaé e Flamengo pela Taça Guanabara, ainda sob o comando de Felipe. Com Valentim, foram três, sendo que um contra o Fla, já pela Taça Rio, tinha impedimento no lance.

O alerta está ligado, porém, após a animadora vitória contra o Vasco na última quarta, há um alento por mais paz no trabalho diário. Se Estadual não é parâmetro, o Brasileiro costuma cobrar caro os erros não afinados. Ainda há tempo de seguir a evolução e evitar contratempos maiores.

Confira frames dos oito gols levados pelo alto na galeria acima