Do 'milagre' à euforia, Roma confia em volta à final da Liga após 30 anos
Antes do jogo de volta contra o Barcelona pelas quartas de final da Liga dos Campeões, quando precisava reverter a enorme desvantagem do jogo de ida (4 a 1 para os espanhóis), Eusébio Di Francesco mostrava confiança. Três dias antes, havia poupado meio time titular em importante jogo contra a Fiorentina, pelo Campeonato Italiano, e perdeu por 3 a 0. Na ocasião, o técnico citou a "rara oportunidade de fazer algo muito grande, que ninguém espera", definindo a missão contra o Barça como "um milagre".
Depois da partida contra a Fiorentina, o goleiro brasileiro Alisson declarou que a Roma seguia sendo a zebra na competição europeia, mas que podia sim pensar em chegar até a final e cravou:
- Por que não pensar no título?
A confiança externada antes da improvável conquista da vaga - fez 3 a 0 na capital italiana e avançou às semifinais - mostra o espírito da Roma. Entre os quatro "sobreviventes" na Liga dos Campeões, é o único time sem ter o título no currículo. O Real Madrid coleciona 12 troféus, Liverpool e Bayern de Munique têm cinco cada, enquanto os romanistas estão apenas em sua segunda semifinal na história.
A outra vez que os gialorrossi chegaram tão longe foi na temporada 1983-84. O time contava com Paulo Roberto Falcão, Toninho Cerezo e Carlo Ancelotti no meio-campo e chegou até a final, perdendo justamente para o Liverpool na decisão.
Um dia antes de entrar em campo em Anfield para tentar a revanche daquela derrota, o discurso continua sendo otimista.
- Não estamos aqui por acaso, merecemos estar aqui. Estamos prontos pra fazer duas grandes partidas - disse o experiente lateral-esquerdo sérvio Alexander Kolarov.
O treinador Eusébio Di Francesco fala com os jornalistas na entrevista coletiva como quem quer mandar um recado ao seu próprio vestiário.
- A coisa mais importante é não mudar nossa mentalidade e filosofia. Vamos manter a ideia de um time que joga no ataque.
Sair do 4 a 1 do Barcelona para estar na semifinal parecia um milagre e a própria Roma tratava assim o feito. Agora, o sentimento é diferente e os italianos se sentem prontos para dar um passo rumo a uma final que não alcançam há 34 anos.
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