Vitória pesada não pode mascarar a escassez de coletividade no Flamengo
O torcedor do Flamengo, crítico por natureza, comemorou o retorno à liderança do Campeonato Brasileiro, porém já desligou a TV, após a vitória "à mineira" contra o Atlético-MG, ciente da considerável melhora que os comandados de Maurício Barbieri precisam ter para o restante da competição.
Preocupa quando os erros em uma respeitável vitória, fora de casa, ainda mais no Independência (após 65 anos), ficam sobrepostos aos acertos. Na saída para o intervalo, Éverton Ribeiro, autor do único gol, chegou a alertar:
- Precisamos jogar dos dois lados. O Vinícius (Júnior) ficou sobrecarregado muitas vezes - disse Éverton, à reportagem do Premiere.
E o camisa 7 estava correto. O que fez com o que Fla voltasse para o segundo tempo e seguisse sofrendo, por exemplo, foi a manutenção do cenário: os cariocas acuados, dando espaços na entrada da área, em seu lado direito - aqui, sobretudo pela atuação desatenta de Rodinei - e sem fluência no jogo coletivo, interferida parcialmente pelo desgaste da viagem à Argentina.
Era nítido que Barbieri queria apenas uma bola. E ela teria que ser explorada com Vinícius, o único consistente da fase ofensiva durante os 90 minutos, que respondeu como gente grande em um contra-ataque, já na reta final, e praticamente venceu o duelo sozinho.
- Jogo muito difícil. Há 65 anos o Flamengo não vencia o Atlético-MG no Horto. Temos que valorizar essa vitória. Nem céu, nem inferno. Vitória importante, mas temos muito a corrigir. Temos que achar soluções para levar essa maratona até o dia 13 - destacou o treinador do Flamengo, em coletiva.
Para os próximos desafios fora de casa, será necessário uma postura mais agressiva e que capitalize todo o potencial do elenco, que, cabe destacar, ganhou pontos com as ótimas atuações dos garotos Thuler e Léo Duarte, inspirados também nas belas defesas do goleiro Diego Alves.
COMO O FLAMENGO INICIOU
COMO O FLAMENGO TERMINOU
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