Após invasão a General, Botafogo aprova antecipação de receitas
Após uma noite marcada pela invasão e depredação da sede de General Severiano, o Conselho Deliberativo do Botafogo aprovou a antecipação de receitas. Este era o ponto mais polêmico da pauta, e a reunião extraordinária convocada na última sexta-feira precisou ser transferida do salão nobre para o Ginásio Oscar Zelaya.
Apesar da ampla maioria do grupo de situação no Deliberativo, houve seis votos contra a antecipação de receitas. A oposição da política do clube reclamou do pouco tempo que teve de explanação no debate.
As críticas que vinham sendo feitas eram, entre outras, sobre o pouco tempo entre a convocação e a reunião, o que dificultaria a leitura dos pontos. Foram aprovados, portanto:
- A criação da vice-presidência de assuntos institucionais;
- A locação de dois imóveis do clube;
- A cessão de uma sala no Estádio Nilton Santos;
- A operação de crédito para a antecipação de receitas;
- A assinatura de um aditivo para a exibição de jogos pelas Organizações Globo.
Quando a reunião teve o ginásio como local de realização, os manifestantes foram se dissipando. Antes, porém, o que parecia ganhar forma como um protesto pacífico se transformou em invasão do salão nobre e depredação. Portas, cadeiras e vidros foram danificados.
A manifestação "Ocupa General" ganhou força nos últimos dias, nas redes sociais, como uma cobrança de maior transparência. Durante o início do ato, na porta do clube, torcedores comuns, organizados, sócios e personagens da política alvinegra se manifestaram ao microfone.
Contudo, após cinco bombas, ovos, pedras e latas de cervejas foram arremessados do lado de fora da sede para o jardim. Em seguida, a maioria dos cerca de 100 presentes pulou o muro e a segurança contratada não teve o que fazer. A Polícia Militar também não agiu a tempo de evitar a invasão.
Neste momento, alguns dirigentes como o presidente do clube, Nelson Mufarrej, se recolheram. Um dos mais antigos personagens da política do botafoguense, o presidente do Deliberativo, Jorge Aurélio Domingues, precisou de ajuda para ser retirado, após muita pressão dos invasores.
Especialmente os dirigentes mais conhecidos, como o presidente, o vice-presidente, Carlos Eduardo Pereira, e o vice-presidente de Estádios, Anderson Simões, foram bastante criticados durante a manifestação.
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