No Brasiliense, Jobson sonha com seleção: 'Espero atingir meu alto nível'
O local onde tudo começou para desenhar um recomeço. Nesta temporada, Jobson voltará a atuar pelo Brasiliense, clube pelo qual deu os primeiros passos no futebol, e busca retomar a carreira, recheada de bons momentos - na mesma proporção, talvez, que de polêmicas.
Com passagem marcante pelo Botafogo, o atacante ficou três anos suspenso pela Fifa (foi acusado pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita, de recusar a fazer exame antidoping), foi preso três vezes por diferentes atribuições, e voltou aos gramados no segundo semestre do ano passado pelo Capital, que disputa a segunda divisão do Distrito Federal, emprestado pelo Brasiliense.
Agora, quase uma década depois de ter caído nas graças da torcida botafoguense ao ajudar a evitar um rebaixamento quase iminente no Campeonato Brasileiro, afirma que aprendeu com os erros e está focado em retomar os bons momentos.
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Ao jornal Lance!, Jobson, que está com 30 anos, falou sobre o retorno, expectativa para a temporada e sonhos o futebol.
Como foi voltar aos gramados após quase três anos suspenso?
Foi muito bom. Me senti muito feliz porque a quantidade de tempo sem estar jogando profissionalmente... Claro que a gente sente um pouco a forma física, emoção diferente. Essa segunda divisão que joguei em Brasília foi muito bom (sic), me senti um atleta profissional de volta e espero logo, logo atingir o nível físico que eu estava em 2015, com o Botafogo.
Qual a expectativa para a temporada?
Minha expectativa é de brigar pela artilharia do Candango, ser campeão pelo Brasiliense e atingir a minha forma física que tanto espero, com dribles rápidos e finalização muito boa. Minha expectativa é de voltar a ser o Jobson de 2015, que estava em boa fase pelo Botafogo. Voltar à minha forma física e atuar onde me sinto bem, pelas beiradas de campo.
O Brasiliense vai disputar a Série D do Brasileiro. Como será atuar novamente em uma competição nacional?
Para mim, é uma emoção muito grande estar voltando a disputar profissionalmente uma competição nacional. É muito bom para minha carreira, me senti um atleta de novo. Espero atingir meu alto nível de novo e, para isso, estou me cuidando bastante. Estou muito feliz com essa oportunidade. O que mais quero é ser campeão e subir para a Série C.
Qual é o Jobson que os torcedores vão ver em 2019? As polêmicas ficaram para trás?
O Jobson de 2019 vai ser o Jobson de 2015, no Botafogo. Para quem me acompanhou, sabe que eu estava tranquilo. Infelizmente, foi uma coisa do passado que chegou, mas minha cabeça está muito boa para isso. Estou um cara cabeça, família. Quem me acompanha nas redes sociais vê que estou mais família, tranquilo. O Jobson de 2019 vai ser o de 2015. Vim para jogar e para dar alegria aos torcedores que estão torcendo por essa minha volta por cima.
O que traz de aprendizado de todo esse período?
Todo esse período de dificuldades que passei foi um aprendizado muito grande. Espero ser um exemplo para muitos atletas, que se espelhem no que passei para não passar também. Pego tudo como aprendizado para fazer, agora, as coisas melhores e passar aos meus filhos que não devem fazer o que eu fiz. Fiz muito mal a mim mesmo. Mas agradeço muito a Deus por estar voltando e espero muito dar a volta por cima.
Ainda tem sonhos e objetivos como jogador? E na vida pessoal, qual o maior sonho atualmente?
Tenho sonho, sim. Meu sonho é voltar a clubes maiores e poder jogar ainda fora do país. Meus sonhos são esses. Por que não pensar um dia em seleção brasileira também? Depende de mim. Se eu estiver bem, idade não vai dizer nada. Hoje em dia, se estiver bem, as oportunidades vão aparecendo.
Na apresentação, você disse que estava fechando uma preparação física para estar bem neste retorno. Como está caminhando esse trabalho?
Estamos fechados com o Rogério e o Arthur, que são os preparadores físicos do Brasiliense. Estamos treinando muito forte, fiz pré-temporada muito boa, joguei a segunda divisão e, agora, vou jogar competições mais fortes, como Série D, Copa Verde, Copa do Brasil. Estou me preparando bastante. Todo dia, após o treino, faço uma complementação a mais que os outros para ter aquela forma física melhor. Meu peso, estou atingindo.
Esse ano faz 10 anos da, talvez, melhor temporada da sua carreira, quando defendeu o Botafogo. Qual o balanço que você faz desta década?
Eu fico muito feliz. Vai fazer 10 anos que tive essa grande oportunidade de jogar no Botafogo em alto nível. Tenho só de agradecer a Deus, primeiramente, e ao Botafogo, pela oportunidade que me deu nesta passagem maravilhosa que eu tive. O que eu tenho é só alegria e felicidade no coração ao lembrar dessa passagem.
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