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Corinthians x Ceará: Cachito Ramírez recorda gol histórico de 2011

03/04/2019 15h32

Dos 20 jogos disputados até aqui entre Corinthians e Ceará, o mais especial deles para o peruano Cachito Ramírez aconteceu em 16 de novembro de 2011. Nele, o meia foi responsável por marcar o gol do 1 a 0 aos 36 minutos do segundo tempo, dando a vitória ao time paulista e abrindo caminho para o pentacampeonato corintiano no Campeonato Brasileiro, conquistado 19 dias depois.

"Quando entro no campo só quero ajudar o clube, o elenco, o treinador e meus companheiros. Quando o Tite disse que eu ia entrar, (era) para mostrar trabalho. Tentei fazer o melhor. Felizmente, graças a Deus, pude fazer o gol. Depois disso, no dia seguinte, assistindo à televisão e vendo os jornais, é que fui tomando ciência da magnitude do que fizemos. Mas na hora, a gente só quer ajudar. Depois as coisas acontecem. Me ajudou a entrar no coração dos torcedores do Corinthians", contou o jogador, em entrevista publicada hoje pelo site oficial da CBF.

Nem tudo, porém, era fácil. Antes disso, em duelo contra o Tolima pela Libertadores, o peruano foi expulso pouco depois de ter sido colocado em campo por Tite. Neste jogo, a equipe acabou eliminada do torneio. O cartão vermelho fez Cachito temer por maus bocados no clube.

"O que aconteceu contra o Tolima foi bem difícil para mim e para todo o clube. Eu estava chegando, novo, aguardando minha oportunidade. Era um clube com Ronaldo, Roberto Carlos, muitas expectativas e ambições por títulos. Naquele momento, senti que o céu estava caindo em cima de mim. Felizmente, tive o respaldo dos meus companheiros. São umas coisas que acontecem na vida, né? Se tivessem me mandado embora naquele momento, sei lá o que teria acontecido contra o Ceará. Graças a Deus a história está escrita e tivemos um final feliz", completou.

Confira outros pontos da entrevista de Cachito Ramírez à CBF:

Qual sua lembrança favorita do trabalho com Tite?

Tite é um técnico top, A1 no mundo. Líder natural, pessoa do bem, muito inteligente. Tenho lembranças de que ele sempre foi muito competitivo e transmitia isso para nós, essa competitividade no dia a dia. Na medida que cada um potencializasse suas competências, a equipe seria mais competitiva.

Você acha que merecia ter recebido mais destaque? Se pudesse, mudaria algo em sua passagem pelo Corinthians?

O mais importante é que fui feliz no Corinthians, o tempo todo. Curti o futebol, recebi o carinho da torcida. Dei tudo o que tinha para dar, a cada treino, a cada jogo. Infelizmente, em alguns momentos em que estava tentando me firmar, tive alguma lesão. São acidentes do futebol, mas não tenho nada que cobrar a ninguém. Aprendi muito! O principal é que fui feliz e dei felicidade ao clube.

Mesmo atuando no Peru, você ainda acompanha o Corinthians? Como é sua relação com a torcida?

Tenho um carinho especial, sou corintiano. Acompanho o Cássio, sei que o Emerson Sheik está no departamento de futebol. Estou sempre na torcida pelo sucesso do clube. Com a torcida, tenho um 'feeling' especial. Eles têm um carinho por mim, também adoro eles. Acho que, no mundo inteiro, não existe uma torcida tão apaixonada quanto o "bando de loucos". Um abraço especial para o Andrés (Sánchez) e o Duílio (Monteiro Alves), que voltaram para a diretoria. Desejo muito sucesso a todos.

Quais as expectativas para Brasil x Peru, na Copa América?

Que seja principalmente um bom jogo, um espetáculo para os espectadores. Meu desejo é que o país seja o vencedor, vamos sempre torcer. Gostaria de ir (ao Brasil) assistir, mas preciso ver o calendário, meus compromissos com o Alianza Lima. Quem sabe, né? Às vezes a gente dá um pulo em São Paulo para assistir ao jogo.

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