Com poucas opções antes, lateral esquerda do Santos vive fase de fartura
A chegada de Jorge Sampaoli ao Santos foi cercada de incertezas devido aos problemas financeiros do clube, aos conflitos políticos e às carências do elenco. No entanto, mais de quatro meses depois, pelo menos dentro de campo, algumas dificuldades parecem estar sendo sanadas de uma forma que talvez nem o próprio treinador imaginava. Um exemplo é a lateral esquerda da equipe, que sofria com a falta de peças e agora tem fartura de opções.
Felipe Jonatan, Jorge e Diego Pituca: os três homens de confiança do argentino para atuarem como laterais pela esquerda. Com essa gama de opções, nem parece que em janeiro o setor era o mais problemático do elenco. Orinho, Copete e até Jean Mota eram os candidatos a ocupar a função enquanto o clube não conseguia trazer uma reposição para Dodô, que teve o empréstimo da Sampdoria encerrado em dezembro passado.
Orinho não conseguiu justificar a aposta do comandante, Copete, improvisado, ficou longe de conquistar a confiança da comissão técnica, e Jean Mota, que havia quebrando alguns galhos no setor 2018, passou a ser peça fundamental no meio-campo, ou seja, não mudaria de posição.
No entanto, não demorou muito e foi acertada a contratação de Felipe Jonatan, que atuava pelo Ceará. Em seus primeiros jogos já foi possível notar que ganharia fácil a titularidade diante da concorrência, mesmo sem ter atuações brilhantes, mas segura e confiáveis, dentro do estilo desejado por Sampaoli.
Pouco tempo depois, superando uma longa negociação, chegou Jorge emprestado pelo Monaco (FRA). Seus primeiros jogos pelo Santos, na Copa do Brasil, mostraram que ali estava outro potencial titular para temporada, inclusive podendo fazer mais de uma função na equipe. No entanto, nas fases decisivas do Paulistão ele não pôde atuar, e o técnico argentino precisou inovar.
Foi aí que Sampaoli improvisou Diego Pituca como lateral-esquerdo, porém com características diferentes daquelas apresentadas pelos outros dois homens da posição. O volante, enquanto o time ataca, atua por dentro, como meio-campista, abrindo o time no ataque e participando da criação das jogadas. Já quando a equipe defende, ele se posiciona na lateral, ajudando na recomposição, principalmente nos contra-ataques.
Felipe Jonatan, que já havia agradado, fez um belo gol diante do Grêmio, no último domingo e confirmou que a briga pela posição está acirrada e oferece ao técnico qualidade, independentemente daquilo que ele optar para o time titular. O ex-Ceará disse estar preparado para os chamados.
"A qualidade que o Pituca tem, e a experiência e a qualidade do Jorge, que chegou para acrescentar ao grupo e para ter uma briga sadia. Com isso o Santos só tem a ganhar. Agora é evoluir, temos grandes jogos pela frente, pelo Brasileiro e pela Copa do Brasil. Assim que ele (Sampaoli) optar por mim na lateral, vou estar bem focado, bem determinado para ajudar o Santos", afirmou em entrevista ao site oficial do Peixe.
Com os três testados e aprovados por Jorge Sampaoli, o Santos vive uma fartura de opções na lateral esquerda, o que deixa ainda mais difícil de prever a escalação para jogo desta quinta-feira, diante do Fluminense, às 19h15, na Vila Belmiro, pela 2ª Rodada do Brasileirão. Pelo menos o torcedor sabe que não precisa se preocupar com o setor, que vive ótima fase.
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