Romário analisa carreira política e diz: "Ainda volto para o futebol"
Quem gosta de futebol sabe bem o quanto representa o nome de Romário no esporte brasileiro. Longe dos gramados desde 2008, o ex-atacante vem escrevendo uma nova história na política nacional. Em conversa com o LANCE!, o "Baixinho" revelou ter descoberto uma nova face profissional no parlamento brasileiro, mas admite não ter abandonado a paixão pelo futebol. O reencontro, por sua vez, não deve demorar a acontecer e é realidade próxima nos planos do craque.
"Depois desses nove anos na política, posso dizer que já me vejo no futebol de novo. Eu entendi que mesmo como político eu posso dar uma contribuição ao futebol. A gente se afasta, como eu me afastei, mas nunca 100%,tem sempre aquele pé ali. O futebol é uma coisa que está na minha alma, na minha vida, e posso afirmar para vocês que eu vou voltar para o futebol. Não sei quando e como, mas estou dando meu jeito e vou voltar", revelou.
A forte relação com o futebol também fez com que o "Baixinho" emplacasse certo viés esportivo no cenário da política. Após um mandato como deputado federal e agora em seu quinto ano como senador, Romário já emplacou uma série de projetos de lei com grande envolvimento no cenário esportivo. A razão para tal não poderia ser diferente: o amor pela área.
"Eu vim do esporte, eu sou quem eu sou através do esporte e do futebol, especificamente. Então é até uma obrigação minha estar sempre atento a este segmento. Eu consegui vencer na minha vida através do esporte. Já sabia lá atrás que o esporte é uma ferramenta social muito importante. Posso afirmar que foi o esporte que me deu uma qualidade de vida melhor. Deixei de ter tentações na vida como o tráfico, as drogas, enfim... O esporte muda muito as pessoas e me mudou. Tenho muitos projetos no Congresso, em geral, e muitos com esse viés esportivo", disse.
Entre os projetos já implementados pelo Senador, o mais recente envolve justamente o quadro geral de seleções esportivas. Ainda em andamento, o projeto de lei tem o objetivo de transformar todas as equipes em patrimônios culturais do país, fator que proporcionaria a possibilidade de um maior controle do que ocorre nos bastidores das confederações responsáveis pelo esporte brasileiro.
"Tenho muitos projetos relacionados ao esporte e o mais recente é o que busca com que as seleções esportivas possam se tornar patrimônio do país. O que é muito interessante porque, infelizmente, algumas confederações são corruptas e não possuem nenhum tipo de fiscalização. E, a partir disso, o Ministério Público pode começar a fiscalizar. E isso é muito importante para o Brasil. Por mais que o esporte, em geral, não tenha as verbas que deveria receber do Governo Federal, mas o pouco que tem, as pessoas se apropriam criminalmente. E isso é uma forma de podermos controlar melhor e acompanhar de perto o que realmente acontece", disse.
FILHA COM SÍNDROME DE DOWN É MOTIVAÇÃO NA POLÍTICA
Na política desde 2010, Romário decidiu entrar para a carreira parlamentar de um modo bastante inusitado. A filha Ivy, atualmente com 14 anos, nasceu com síndrome de down e marcou uma nova etapa na vida do ex-jogador. Com a notícia, o "Baixinho" passou a estudar mais os casos de doenças raras e se inspirou na herdeira para representar uma voz presente da classe no meio político.
"Tive uma filha com Síndrome de Down e isso, com certeza, me fez repensar muita coisa. Hoje ela está com quatorze anos, estou há nove na política, e entendi o quanto isso tudo representa e é importante. A princípio, eu não sabia o que eu seria na política, mas vi o quanto poderia ser a voz por essa classe. Passei quatro anos como Deputado Federal, agora estou como Senador. Minha bandeira principal é defendendo as pessoas com deficiência e doenças raras e posso dizer que a Ivy foi a pessoa que me motivou a entrar para a política", finalizou.
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