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Flu explica origem do "pó-de-arroz" em vídeo pelo Dia da Consciência Negra

O pó-de-arroz virou um símbolo da torcida do Fluminense - Lucas Merçon/Fluminense FC
O pó-de-arroz virou um símbolo da torcida do Fluminense Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC

20/11/2019 17h46

Em homenagem ao dia em que se comemora a Consciência Negra no Brasil, o Fluminense publicou vídeo nas redes sociais do clube, nesta quarta-feira, em que resgata a história do tradicional uso do pó de arroz nas arquibancadas tricolores.

No material de um minuto de duração, o clube conta como surgiu o hábito cultivado por décadas pelos torcedores, por meio da história do jogador negro Carlos Alberto. No dia 13 de maio de 1914, o atleta jogava contra o seu ex-clube, o América, pela primeira vez.

Insatisfeita com o fato de o jogador ter deixado o clube, a torcida americana passou a persegui-lo. Carlos Alberto era conhecido pelo hábito de usar talco nas partidas, após fazer a barba.

Em solidariedade ao atleta, a torcida do Flu passou a usar o pó de arroz nas arquibancadas, transformando as ofensas em algo positivo. O vídeo diz ainda que, por ignorância, torcedores rivais rotularam a atitude erroneamente de racista e homofóbica. No fim, o clube das Laranjeiras reforça ser contra qualquer tipo de preconceito e de estar aberto a todos.

Confira o texto do vídeo na íntegra:

"No dia 13 de maio de 1914, Carlos Alberto, que estava longe de ser o primeiro negro a vestir as cores que traduzem tradição, jogava contra seu ex-clube pela primeira vez, o América. Na realidade, a história do pó-de-arroz partiu de uma provocação da torcida americana ao Carlos Alberto, que tinha o conhecido hábito de usar talco desde o seu ex-clube. Chateados com o fato do jogador ter saído, os americanos o perseguiram e a torcida tricolor transformou a ofensa em um dos maiores símbolos do nosso futebol. Por décadas, o uso do pó-de-arroz foi massificado na arquibancada tricolor. Por ignorância, gerou rótulos racistas e homofóbicos de torcidas adversárias, que distorceram por completo a história. Não à toa, com orgulho, o Tricolor afirma que "nós somos a história". Estamos contra qualquer tipo de preconceito. Afinal, somos o "Time de Todos"."

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