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Agilidade e visão: o que esperar de Pedro Raúl, reforço do Botafogo

Centroavante Pedro Raul, que estava no Atlético-GO, é o novo reforço do Botafogo - Foto: Paulo Marcos / Atlético-GO
Centroavante Pedro Raul, que estava no Atlético-GO, é o novo reforço do Botafogo Imagem: Foto: Paulo Marcos / Atlético-GO

23/12/2019 07h30

A falta de gols foi o principal problema do Botafogo em 2019. Equipe que menos finalizou no último Campeonato Brasileiro, acumulando o quarto pior ataque entre os 20 participantes, já era esperado que o Alvinegro fosse atrás de mais poder de fogo na atual janela. Felipe Vizeu e Pedro Rául são os nomes da vez. O primeiro ainda está em fases iniciais de negociação, mas o segundo já é uma contratação praticamente certa, apesar de ainda não ter assinado contrato.

O atleta de 23 anos chegará ao Botafogo por empréstimo junto ao Vitória de Guimarães-POR, mas o contrato pode ser renovado de forma definitiva por mais três anos. Será o primeiro clube do "G12" no futebol brasileiro na carreira de Pedro Raúl, que havia sido especulado no Vasco pela imprensa portuguesa antes de fechar o vínculo com o Alvinegro.

Com recém-completados 23 anos, Pedro Raúl se encaixa na realidade do comitê de futebol de buscar jovens jogadores por bons custos-benefícios. O Botafogo não pagou nada ao Vitória de Guimarães pelo empréstimo, tendo apenas que arcar com os vencimentos mensais do atacante.

Revelado pelo Cruzeiro-RS, Pedro Raúl saiu sem muito tempo de jogo como profissional no Brasil e assinou com o Vitória de Guimarães, inicialmente para atuar pela equipe B. Na Europa, fez 4 gols em 15 jogos pelo segundo escalação do tradicional clube da terrinha em sua primeira temporada. Na época seguinte, passou em branco nas nove partidas que disputou pelo time B.

Em 2019, atuando emprestado no Atlético-GO, Pedro terminou o ano com 14 gols em 47 jogos disputados, uma média de 0,29 tento por jogo. A quantidade é melhor do que o desempenho de qualquer jogador do Botafogo na temporada - o artilheiro do Glorioso em 2019 foi Alex Santana, balançando as redes em dez oportunidades.

Apesar de ter 1,93m de altura, Pedro Raúl não é um atacante marcado por ficar parado na área. Muito pelo contrário. A mobilidade e trabalho do atleta longe do local são duas de suas principais qualidades. O jogador de 23 se movimenta bastante e cai frequentemente pelos lados do campo, buscando espaços nas costas dos laterais adversários.

Por mais que tenha dificuldades para driblar - algo natural pela estatura que possui -, Pedro é uma opção interessante para formar um ataque móvel e, acima de tudo, um elemento interessante para pressionar a saída de bola da equipe rival, um elemento utilizado por Alberto Valentim em sua estratégia defensiva com frequência.

"A principal característica do Pedro Raúl é a visão de jogo. É um centroavante que se posiciona muito bem, está sempre tocando na bola. É claro que o estilo de jogo que o técnico adotar vai influenciar nisso, mas ele sempre aparece para as jogadas. Ele não tem costume de sumir. É um jogador jovem, às vezes ainda peca nas tomadas de decisão, mas ele é esperto, incomoda bastante os zagueiros adversários. Aqui no Atlético ele chegou a fazer um gol contra o Operário roubando a bola do defensor. Ele presta muita atenção no jogo" afirmou Nathalia Freitas, setorista do Atlético-GO na Rádio Sagres, com exclusividade ao LANCE!.

"O fato de ele ser alto não significa que ele é um jogador lento. Claro que existem jogadores mais rápidos, mas ele não fica para trás. É bom na bola aérea e sabe fazer pivô. Ainda tem coisas para melhorar, mas acho que ele tem condição de se destacar na Série A. Ele foi muito bem no Goiano, na Série B alternou bons e maus momentos, com o Wagner Lopes (treinador), chegou a ficar na reserva, mas depois da chegada do Eduardo Barroca ele se tornou decisivo. O estilo de jogo favoreceu demais o Pedro Raúl. A bola ficava mais no ataque, ele fez 5 gols em 9 jogos. O estilo de jogo mais ofensivo o favorece demais"completou a jornalista.

Entre destaques e falhas, Pedro Raúl pode não ter brilho nos momentos que possui a bola no pé, mas faz um importante trabalho sem bola e suas corridas em velocidade com 1,93m podem, se bem exploradas ofensivamente, se tornar um problema para as defesas adversárias.

Ouça o podcast Posse de Bola, a mesa redonda do UOL sobre futebol, com Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira.

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