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Relembre os problemas de Ronaldinho Gaúcho com passaporte

05/03/2020 10h01

Ronaldinho Gaúcho foi detido na noite de ontem no aeroporto de Assunção, no Paraguai, por estar com supostos passaportes falsificados. Assim como o ex-jogador, seu irmão, Assis, também está sob custódia. Esta não é a primeira vez que o craque brasileiro possui problemas em relação ao seus documentos.

Os primeiros problemas do ex-Barcelona e Seleção Brasileira começaram em 2018 quando a justiça brasileira determinou a retenção do passaporte pelo fato de Ronaldinho não ter cumprido uma sentença judicial de 2015. Ao lado do irmão, o atleta havia sido condenado por crime ambiental devido a construção ilegal de um píer na orla do Lago Guaíba, no Rio Grande do Sul. A sentença havia determinado o pagamento de uma multa de aproximadamente R$ 9 milhões e até o momento da primeira apreensão de seu documento, em 2018, os irmãos não haviam cumprido o acordo. Ao solicitar reaver o passaporte, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido.

Após ter seu documento confiscado, Ronaldinho não retornou ao Brasil e continuou viajando país à fora para cumprir compromissos publicitários. No início de 2019, a Justiça Brasileira proibiu que o ex-jogador viajasse para Dubai, nos Emirados Árabes onde estava entre os anunciados para participar de uma conferência sobre esportes. De acordo com Fernando Kallás, do jornal "As", após várias tentativas da Justiça para que Ronaldinho e Assis cumprissem a sentença e efetuassem o pagamento multa, o Fisco interveio nas contas bancárias do ex-jogador e encontrou apenas seis euros (R$ 24) em seu saldo.

Outros casos

No ano passado, o STJ também negou um pedido de habeas corpus dos advogados do craque e do irmão para que os documentos fossem devolvidos. Após os passaportes continuarem apreendidos, Sérgio Queiroz, representante da família, disse que entraria com recurso no caso.

Em setembro, a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) nomeou, junto de outros 15 nomes, o ex-camisa 10 de Barcelona e Seleção Brasileira como Embaixador do Turismo do Brasil. Segundo o órgão, Ronaldinho ajudaria a divulgar as atrações turísticas do país. O curioso é que no período, o craque estava com passaporte retido e impedido de sair do Brasil.

Após ter virado Embaixador, o ex-jogador entrou em um acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul que pagaria uma multa de R$ 6 milhões até outubro para reaver seu passaporte e do irmão. Caso o prazo não fosse cumprido, o valor subiria para R$ 8,5 milhões com juros de 12% ao ano. Após o pagamento, Ronaldinho conseguiu o documento de volta e viajou para Israel para participar de um amistoso em prol da paz.