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Coordenador do Palmeiras vê chance de desequilíbrio técnico com parada

Daniel Gonçalves (à dir.), coordenador científico do Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Daniel Gonçalves (à dir.), coordenador científico do Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

20/03/2020 16h58

Com todas as competições paralisadas na América do Sul, por conta da pandemia de coronavírus, há um risco de desequilíbrio técnico se as datas de retorno não forem regulamentadas. O alerta é feito por Daniel Gonçalves, coordenador científico do Palmeiras, indicando que seja apontado um período igual para todos os clubes fazerem pré-temporada e voltem a jogar.

"A inatividade precisa ser para todos os clubes porque, por condições geográficas e epicentro da doença, pode gerar desequilíbrio técnico, como já acontece no âmbito olímpico. A China está saindo do período de isolamento social, com atletas retomando a prática esportiva, enquanto Espanha e Itália estão no meio do período da doença, ainda não atingindo o pico, e, no Brasil, isso está se iniciando", disse Daniel Gonçalves ao SporTV.

"Esse período de afastamento e isolamento dos clubes de futebol precisa ser regulamentado e depois, aí sim, definir, em ações conjuntas, um período de recondicionamento. Como se fosse uma pré-temporada mesmo", prosseguiu, afirmando que segue acompanhando a evolução dos casos em São Paulo.

No momento, não há qualquer indicativo de retorno das competição. Desde segunda-feira, quando confirmou-se a interrupção do Campeonato Paulista, único torneio que o clube disputa e que ainda poderia continuar, os jogadores do Palmeiras foram liberados por tempo indeterminado. Acompanhado, contudo, de uma cartilha de exercícios, para minimizar a inatividade.

"Neste primeiro momento, a preocupação é com a saúde dos nossos atletas e de seus entes. A orientação é para que fiquem reclusos, em período de isolamento social. Claro, com uma cartilha de atividades físicas bastante elucidativa e pedagógica, através de vídeo, para que se mantenham ativos. Esse período de inatividade é muito ruim para o atleta, individualmente e coletivamente", analisou Daniel Gonçalves.

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