Daniel Alves escreve para Bolsonaro: "Deveria prezar pelo bem do povo"
Daniel Alves, capitão do São Paulo e da seleção brasileira, usou sua conta no Instagram para manifestar-se sobre o discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro, que falou sobre a pandemia do novo coronavírus na noite de ontem (24).
Bolsonaro voltou a falar em "histeria", culpou a imprensa e declarou que o país deve voltar à normalidade, indo contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde, que sugere isolamento social para conter o avanço da COVID-19.
"O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós, e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos, o sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades, estaduais e municipais, devem abandonar o conceito de terra arrasada. A proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa", disse o presidente.
Em sua manifestação, Daniel Alves escreveu que Bolsonaro deveria prezar pelo bem do país e de seu povo.
"Senhor presidente, respeito muito a sua presidência, respeito muito vossa senhoria, mas são muitas famílias e muitas pessoas trabalhando em prol do combate a essa pandemia, e o senhor, como a pessoa mais importante desse país, deveria também prezar pelo bem do nosso país e do nosso povo. É um momento muito difícil para o mundo e para nossa população, não devemos desfazer dessa situação, sobretudo se não temos cura para ela. Como um humilde cidadão eu venho expressar a minha opinião, pois não quero viver sem poder compartilhar momentos com as pessoas nem viver com medo delas! QUE DEUS ABENÇOE O BRASIL E O MUNDO!", postou o são-paulino, com a hasgtag "fique em casa por amor ao próximo".
O próprio São Paulo se manifestou em suas redes sociais sobre o tema pouco depois da fala de Bolsonaro, reforçando o pedido para que as pessoas mantenham o isolamento social. Na capital paulista, começou a valer ontem (24) a quarentena obrigatória imposta pelo governador João Dória. Apenas unidades de comércio que oferecem serviços essenciais à população podem funcionar.
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