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Como dívida por Borja atrapalha busca do Palmeiras por lateral colombiano

Daniel Muñoz, lateral-direito do Atlético Nacional - Reprodução/Instagram/daniel.chitiva
Daniel Muñoz, lateral-direito do Atlético Nacional Imagem: Reprodução/Instagram/daniel.chitiva

24/04/2020 08h00

Após mapear o mercado, o Palmeiras definiu Daniel Muñoz como alvo para a lateral direita, principalmente depois de vê-lo atuando contra o time na Florida Cup. Mas o Atlético Nacional sempre dificultou a negociação, principalmente por conta do imbróglio envolvendo Miguel Borja. Nesta semana, o clube colombiano ganhou a ação contra o Verdão na Fifa, o que dificulta a contratação do defensor.

Em 12 de fevereiro, o Palmeiras enviou Anderson Barros, diretor de futebol, e Leonardo Holanda, advogado do clube, à Colômbia para tentar avançar no negócio. Encontraram resistência e, ainda assim, foi feita uma oferta de US$ 2 milhões (R$ 8,7 milhões, na época) só por Muñoz, além de uma proposta de acordo por Borja. Mas a resposta foi negativa, e os recentes episódios distanciam ainda mais o lateral direito pedido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo do clube.

Barros e o presidente Maurício Galiotte nunca desistiram do jogador, nem mesmo quando foram concluídas as inscrições para a primeira fase da Libertadores. O perfil apaziguador do diretor de futebol, tido como fundamental para a chegada de Rony, era considerado trunfo. A expectativa era tê-lo no segundo semestre. Nos últimos dois meses, porém, as tratativas praticamente congelaram.

Por isso, a ação da Fifa a favor do Atlético Nacional, na prática, pouco mudou. Até porque, mesmo com a discordância em relação a Borja, a ponto de o Verdão preparar um recurso no CAS (Corte Arbitral do Esporte, em inglês), há uma relação amigável entre os clubes. O advogado do Palmeiras, André Sica, inclusive, revelou à Fox Sports que existem conversas avançadas para um acordo sobre a dívida. E o Atlético Nacional já deixou claro que libera Muñoz somente se houver um acerto em relação à situação de Borja.

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Jogo Aberto

A partir daí, contudo, vem outro problema: o financeiro. Os dirigentes seguem em estudo profundo para detectar exatamente o impacto econômico da paralisação do futebol e do acesso ao clube social causado pela pandemia de coronavírus. O Palmeiras expôs a jogadores e comissão técnica que a ideia é evitar a redução de salários. Mesmo com Crefisa e Faculdade das Américas, principais patrocinadores, e Puma, fornecedora de material esportivo, mantendo os pagamentos, gastar em contratações fica mais difícil.

Assim, por enquanto, o foco das conversas com o Atlético Nacional já não é mais tanto por Daniel Muñoz. O jogador de 23 anos, frequente na seleção colombiana, já vinha sendo acompanhado pelo clube e agradou ao ser visto de perto no empate por 0 a 0 diante do próprio Palmeiras, na Florida Cup. O defensor tem as características que Luxemburgo gostaria de encontrar em alguém no setor, com velocidade, capacidade defensiva e chegada frequente ao ataque, tal como faz o lateral esquerdo uruguaio Matías Viña.

Agora, Borja é o foco. Palmeiras e Atlético Nacional divergem na compra de 30% dos direitos econômicos de Borja, dono dos outros 70%, em 2017. Os colombianos entendiam que, se ele não fosse vendido até agosto de 2019, o Palmeiras teria de adquirir esta fatia por US$ 3 milhões (R$ 16,3 milhões). O Verdão considera que não há prazo definido e pretende repassar quando vendê-lo - o atacante, no momento, está emprestado ao Junior Barranquilla.

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