Ronaldinho diz que ficou surpreso com passaportes falsos no Paraguai

Ronaldinho Gaúcho rompeu o silêncio e falou pela primeira vez desde a sua prisão. Em entrevista ao "ABC Color", ele disse que se surpreendeu ao saber que os passaportes utilizados no Paraguai não eram legais. O astro ainda elogiou o tratamento que recebeu e citou a tristeza de passar por tudo isso.

"Ficamos totalmente surpresos ao saber que os passaportes não eram legais. Desde então, nossa intenção tem sido colaborar com a justiça para esclarecer o que viemos fazer, e o que estamos fazendo desde o começo. Até hoje, temos explicado tudo e facilitado o que a justiça pediu", disse.

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Ronaldinho Gaúcho ainda lamentou e disse que colabora para esclarecer a situação.

"Foi um golpe duro, nunca imaginei que passaria por isso. Toda minha vida foi buscando chegar ao mais alto nível profissional e alegrar as pessoas com meu futebol", falou. "Esperamos que possam utilizar e confirmar tudo que mostramos de nossa posição e possamos sair disso o mais rápido possível", acrescentou.

O campeão do mundo de 2002 revelou surpresa ao chegar no país ao descobrir que os documentos que portava não eram legais, mas que em todo o tempo foi recebido com carinho pelos paraguaios.

"Eu sinto o carinho, amor e respeito de todos os paraguaios desde o primeiro dia que cheguei no país. Todas as pessoas com quem tive na Agrupação (centro de segurança da Polícia Nacional) me receberam com gentileza, jogando futebol, dando autógrafos, fotos. Faz parte da minha vida, não teria motivos para parar de fazê-lo, ainda mais com pessoas que viviam momentos difíceis, como eu", disse.

Além de comentar sobre o imprevisto no Paraguai, o eterno camisa 10 do Barcelona lembrou da sua chegada na Catalunha e seu título mais importante com o fardo blaugrana.

"Foi um momento mágico, conquistar a Liga dos Campeões com o Barcelona foi algo muito especial. O clube não vinha de bons anos e ganhar algo importante foi muito especial novamente", completou.

Ronaldinho aguarda seu período no país latino para voltar ao Brasil. O jogador conseguiu deixar a prisão e atualmente cumpre pena domiciliar junto ao irmão, Assis. O desejo do craque ao retornar é reencontrar a mãe após dias difíceis desde o início da pandemia do coronavírus.

"Quero dar um beijo na minha mãe, que tem passado dias difíceis em casa desde o início da pandemia de coronavírus. Depois, absorver o impacto que isso tudo gerou e seguir adiante com fé e força", finalizou.