Corinthians deve R$ 35 mi ao BMG por empréstimos, segundo balanço
O balanço financeiro do Corinthians traz uma boa fonte de informações aos torcedores, especialmente sobre as dívidas que tanto se ouve, mas não se sabe exatamente quais são. Um dos focos do endividamento corintiano é em relação aos empréstimos contraídos no mercado, entre eles dois junto ao Banco BMG, patrocinador máster do clube, que somam mais de R$ 35,1 milhões.
Segundo mostra o documento, o acordo com a instituição financeira para a exposição da marca nos uniformes a materiais esportivos do futebol profissional vai até 31 de dezembro de 2023. Assinado em 1º de janeiro de 2019, ele terá, ao todo, cinco anos de duração, recebendo anualmente o valor fixo de R$ 12 milhões, que pode variar dependendo de metas.
O patrocínio valerá inclusive até o fim da próxima gestão, uma vez que o clube passará por eleições no final deste ano para a escolha de um novo presidente, que cumprirá seu mandato no triênio 2021/2023. O mandatário que assumir a cadeira de Andrés Sanchez não herdará apenas as receitas com o BMG, mas também dois empréstimos contraídos junto ao banco em 2019.
Um deles entra no passivo circulante do clube, ou seja, de curto prazo e precisa ser quitado em até 12 meses a partir da data de fechamento do balanço, cujo valor é de R$ 19,851 milhões, com taxa de juros de 1,3% ao mês. O outro entra no passivo não circulante, com obrigação de pagamento acima de 12 meses, cujo valor é de R$ 15,266 milhões, também com taxa de juros de 1,3% ao mês.
Somados, os empréstimos chegam a R$ 35,117 milhões, quantia referente ao fechamento do balanço financeiro de 2019. Dessa forma não se sabe ao certo se parte deles já foi quitada até o momento. Caso não tenha havido amortização no período, é possível que os valores estejam ainda maiores devido ao juros mensais, segundo projeção mostrada abaixo:
Dívida BMG (curto prazo)
Valor em 31/12/2019 (balanço) - R$ 19,851 milhões
Valor em 30/4/2020 (projeção) - R$ 20,903 milhões
Diferença - R$ 1,052 milhão
Dívida BMG (longo prazo)
Valor em 31/12/2019 (balanço) - R$ 15,266 milhões
Valor em 30/4/2020 (projeção) - R$ 16,075 milhões
Diferença - R$ 809 mil
Além dos empréstimos junto ao Banco BMG, há dívidas com bancos como o Daycoval, que cedeu dinheiro ao Corinthians por duas vezes em 2019. Uma com pagamento a curto prazo, com taxa de juros de 1,27% ao mês, no valor de R$ 23,965 milhões e outra com quitação a longo prazo, com juros de 0,49% ao mês no valor de R$ 22,163 milhões. Ao todo, R$ 46,128 milhões devidos.
Há outros empréstimos menores, com outros bancos, contraídos antes de 2019, que já foram parcialmente quitados em relação ao que foi apresentado no balanço de 2018. Como é possível conferir na lista abaixo:
Banco Bradesco (curto prazo) - R$ 1,548 milhões (CDI + 0,6% ao mês)
Banco Bradesco (longo prazo) - R$ 13 mil (1,45% ao mês)
Banco Santander (curto prazo) - R$ 43 mil (CDI + 0,85% ao mês)
Caixa Econômica Federal (curto prazo) - R$ 2 mil (CDI + 0,6% ao mês)
Somadas: R$ 1,606 milhões
Em contrapartida, no ano passado, ainda segundo o balanço financeiro do clube, o Corinthians quitou duas dívidas por empréstimo bancário junto ao Banco Paulista. Uma de R$ 10,487 milhões, de curto prazo, e outra de R$ 9,613 milhões, de longo prazo, ambas com correção do CDI + 0,60% de juros ao mês. No total, conseguiu pagar R$ 20,1 milhões em 2019.
Juntando todas as dívidas de empréstimos, inclusive com empresários (R$ 14,303 milhões), o Timão fechou o balanço do ano passado com R$ 97,154 milhões em débitos desse tipo, um valor significativo em comparação com o demonstrativo financeiro de 2018, que fechou com R$ 40,139 milhões em dívidas com empréstimos, R$ 57,015 milhões a menos do que em 2019.
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