Nino cita erros do Flu e critica Carioca: 'Protocolo não é 100% seguro'
O Fluminense é um dos clubes que luta contra a volta do Campeonato Carioca neste momento. Apesar dos esforços, o Tricolor entrou em campo no último domingo. Horas antes da partida, o Volta Redonda, adversário da noite, divulgou que três atletas testaram positivo para COVID-19 nos exames prévios ao jogo, que fazem parte do protocolo Jogo Seguro elaborado pela Ferj. O zagueiro Nino afirmou que isso não interferiu na concentração dos jogadores antes do confronto, mas criticou a forma como o protocolo é seguido.
"Sempre deixamos claro qual era nosso posicionamento de preservar vidas, mas existia um protocolo. Deixamos claro que iríamos respeitar a decisão tomada. No vestiário nada disso passou na cabeça, o foco era no jogo. Em nenhum momento passou pela nossa cabeça sobre o estado físico dos atletas do Volta Redonda", disse Nino em entrevista coletiva por videoconferência.
"O protocolo em si deixa brechas. Os jogadores do Volta Redonda tinham sido testados e chegaram infectados. Assim como nós podemos fazer o teste e pegar durante a semana. O protocolo não é 100% seguro. A segurança não existe, o que é mais seguro é ficar em casa neste momento. Nada nos atrapalhou no jogo, entendemos que o momento é complicado e o risco existe, mas no campo não atrapalhou", completou.
Apesar dos problemas fora de campo, o rendimento do Fluminense na reestreia foi ruim e culminou na pior derrota da equipe sob o comando do técnico Odair Hellmann, com o 3 a 0 do Volta Redonda no Estádio Nilton Santos. Nino avaliou o que deu errado e disse que os atletas precisam manter o foco no trabalho.
"Creio que todos nós erramos muito, coisas que não costumamos errar. Mais do que olhar para o coletivo, olhamos para o individual. Todos precisam melhorar. Sem se cobrar demasiadamente, mas de forma saudável de que precisamos dar uma resposta. Focamos em questões básicas, de que taticamente está todo mundo junto, com o mesmo pensamento e correndo junto. Mas esse jogo foi atípico, todos erraram muito e coisas que não costumamos fazer. Temos trabalhado para que seja minimizado", disse.
"Quando falo do foco tento bater de que é daqui para frente, focar ainda mais. Não foi suficiente a nossa preparação nessa partida. Sabemos que o jogo é mental. Passamos por algumas situações adversas nesse jogo, com o gol no início e a expulsão. Muitas coisas acontecem, temos que estar em um batalha interna para não desconcentrar e lutar até o fim. Não foi uma coisa que o time estava desfocado, mas sabemos que precisamos melhorar e focar ainda mais. Esquecer o que passou porque o resultado não volta mais", completou.
Caso o Flamengo seja campeão também da Taça Rio e fique em primeiro na classificação geral, o Campeonato Carioca terá fim no próximo dia 8. O Brasileirão, de acordo com a CBF, pode retornar apenas um mês depois, em 8 ou 9 de agosto. Nino criticou mais um tempo de paralisação.
"Não é o ideal, longe disso. Era uma das brigas do nosso presidente e uma coisa que nos posicionamos ao lado dele. A volta precoce do Carioca faz com que a gente fique mais um tempo parado. E vai acontecer uma queda física de novo. Mas, dessa vez treinando presencialmente, vamos tentar manter o nível físico. Temos preparadores, fisiologia e todos que são capacitados. Nesse tempo de intervalo vamos nos preparar. Sabemos que o Brasileiro é o nosso principal objetivo e o mais importante do ano, além da Copa do Brasil", afirmou.
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