Ativo nas redes, Andrés declara apoio do Corinthians à 'MP do mandante'
Desde ontem, pouco antes de conceder entrevista coletiva sobre as finanças do Corinthians, Andrés Sanchez tem se mostrado ativo no Twitter, cuja conta não era atualizada desde março de 2014 e ainda não tinha selo de verificação. Hoje, além de falar sobre a venda de Pedro Henrique, o presidente declarou apoio à "MP do Mandante" e explicou os motivos.
"A gente apoia a MP do mandante, sem briga com a Globo que é grande parceira. O streaming é uma realidade e a TV aberta também. O Corinthians tem torcedores em todas as plataformas e quer estar em todas elas", disse.
Na última semana, 16 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro se declararam favoráveis à Medida Provisória 984, editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que dá ao mandante o direito de transmissão das partidas — já que no cenário atual, segundo a Lei Pelé, o direito de transmissão é dividido entre os clubes mandante e visitante. No entanto, como o próprio nome diz, a medida tem efeito provisório, e precisa ser convertida em lei para ampliar seus efeitos.
Dessa forma, o Corinthians e outros 15 clubes da elite assinaram manifesto e farão campanha para que a "Lei de Democratização das Transmissões de Futebol" seja aprovada. São eles: Bahia, Palmeiras, Ceará, Fortaleza, Sport, Red Bull Bragantino, Athletico-PR, Coritiba, Atlético-MG, Flamengo, Goiás, Vasco, Atlético-GO, Santos e Internacional. Os signatários acreditam que haverá maior geração de empregos e crescimento de impostos pagos aos governos.
Pelo lado de Andrés, a postura mais participativa no Twitter, que concedeu o selo de verificação para a conta do dirigente entre sexta-feira e sábado, e pelo qual não se manifestava desde 19 de março de 2014, vem justamente no momento em que declarou que entrará de forma contundente na corrida eleitoral, já que o Corinthians escolherá seu novo presidente no fim de novembro deste ano e ele não poderá concorrer, mas utilizará sua força no clube.
"Eu não queria me envolver politicamente ativamente, primeiro porque não temos candidato e, segundo, porque não queria tomar partido. Felizmente ou infelizmente, rejuvenesci 20 anos, eu não sou candidato e só me atacam. Então, sou obrigado a entrar na política, vou entrar como se fosse a primeira vez e vou participar ativamente da política até o fim do ano", disse em coletiva na sexta.
Em meio a derrotas internas no clube, por ter as contas de 2019 reprovadas pelo Conselho Fiscal e pelo Conselho de Orientação, além de sofrer ataques da oposição, o atual presidente e seu grupo "Renovação e Transparência" ainda não definiram um candidato para o pleito. O favorito seria Duílio Monteiro Alves, diretor de futebol, mas não se descarta o apoio a Paulo Garcia.
"Sei do meu tamanho no Corinthians, da minha história no Corinthians. Não são essas pessoas que vão me apequenar, não sou candidato a nada. Não vim para contar minha história, porque todo mundo sabe, com erros e acertos. Mas o Corinthians não pode e não precisa passar por isso. Temos negociações enormes pela frente e isso só vem a prejudicar o Corinthians. Amanhã, a história vai cobrar quem coloca o Corinthians nas páginas judiciais e fica fazendo política em ano eleitoral", afirmou o mandatário.
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