Fred e ação impulsionam sócio, e Flu projeta mais de R$ 2,5 milhões por ano
Mesmo com a crise causada pela pandemia da covid-19, o Fluminense teve uma grata surpresa ao longo dos últimos meses. Com a contratação do atacante e ídolo Fred e uma campanha da torcida, o clube aumentou significativamente o número de sócios-torcedores.
O Tricolor ainda não quer estipular metas de pessoas adimplentes até o fim de 2020, como disse Alexandre Vasconcellos, gerente do programa Sócio Futebol, em entrevista ao LANCE!. No entanto, a expectativa é boa, especialmente pelos valores que geram aos cofres e que podem auxiliar principalmente no pagamento de salários.
"As adesões desde a vinda do Fred geraram uma receita mensal potencial de mais de R$ 210 mil mensais/R$ 2,5 milhões em 12 meses, isso apenas com os fenômenos Fred e #ÉPeloFlu. Como o Presidente costuma dizer, o Sócio Futebol é a fonte de receita de maior potencial de crescimento do Clube e onde concentraremos boa parte do nosso foco. O torcedor abraçou e está espalhando o entendimento de que um futuro melhor passa pelo crescimento do Sócio Futebol. Cada torcedor conta, cada adesão faz a diferença mesmo", afirmou Alexandre.
No início da gestão de Mário Bittencourt, o Fluminense tinha cerca de nove mil sócios-torcedores. Ao fim de 2019, eram 23 mil. No último mês, o Tricolor ganhou quase sete mil novas pessoas no programa. Para compensar a falta dos jogos com torcida, já que os descontos em ingressos são o maior atrativo, a diretoria tem dado benefícios a quem se manteve adimplente durante a pandemia. Além disso, deu pontuação dobrada no programa de pontos do Sócio Futebol, que será lançado no segundo semestre de 2020.
"Queremos lançar os novos planos assim que algumas novidades estiverem 100% alinhadas. Terá uma proposta de valor clara para o torcedor e capacidade de evoluir de acordo com as demandas deles. Vamos escutar, medir e implantar coisas novas conforme identifiquemos estas necessidades, estes anseios", disse o gerente.
Quando lançou o contador no site oficial, no dia 19 de junho, o Fluminense tinha 26.896 sócios adimplentes. Em 2 de julho o clube já somava 30.000 pessoas no programa, motivados por uma campanha da própria torcida para estimular a adesão em massa. Batizada de #ÉPeloFlu, a ação foi promovida por mais de 150 páginas e grupos dedicados ao clube. Até o fechamento desta reportagem, o site indicava 33.860 adimplentes.
"Ainda consideramos prematuro estimar para frente (o número ideal de sócios até o final do ano), mas a resposta da torcida, em especial pela campanha #ÉPeloFlu, nos deixa confiantes de superar significativamente o resultado de 2019", completou.
Vendas triplicam em junho
De acordo com o Portal da Transparência do Fluminense, o faturamento mensal das lojas do clube aumentaram significativamente em junho, quase três vezes mais do que o melhor mês (janeiro). Isso pode ser justificado por dois fatores. O primeiro, o retorno do atacante Fred, anunciado no dia 31 de maio. Além disso, no dia 7 do mesmo mês o clube realizou o lançamento dos novos uniformes. Isso naturalmente aumenta a procura por produtos.
No primeiro mês do ano, o faturamento foi de R$ 43.427,22. Depois, esse valor se manteve em queda. Em fevereiro passou para R$ 39.769,93, em março, início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, foi para R$ 34.472,93, número que caiu mais da metade em abril, com R$ 15.725,04 e maio, R$ 11.678,09. Em junho esses números saltaram para R$ 110.632,05.
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