Luxa compara churrasco no Vasco a jantares no Real: "Falam bobagens"
A confraternização que Vanderlei Luxemburgo promoveu ao elenco do Vasco no dia de folga rendeu mais algumas explicações por parte do treinador. Ele se sentiu incomodado com algumas críticas que recebeu por ter feito um churrasco com jogadores, comissão técnica e que também contou com um grupo de pagode no hotel onde o elenco está concentrado em Atibaia (SP).
"Isso não determina quem vai ganhar ou perder um jogo de futebol, mas somos seres humanos. Como tal, eles têm hora de lazer. Na quarta-feira, que era folga dos jogadores, eu promovi, sempre procuro fazer isso com os jogadores, eu fiz um churrasco, só nós, peguei um grupo de pagode de um amigo meu conhecido, o Juninho do Pagode, que é muito bom, e trouxe aqui para tocar com churrasco, tomamos uma cervejinha... E aí você vê as reações das pessoas: 'poxa, fez churrasco com o time nesse situação'. São seres humanos, temos de tentar agrupar ao máximo, ficarmos mais próximos", explicou.
Luxa comparou a situação com a que vivia nos tempos em que comandou o poderoso Real Madrid (ESP) onde, segundo ele, mensalmente elenco e comissão técnica se reuniam para jantares:
"Fiz também uma confraternização no Rio, em uma pizzaria, com jogadores e suas famílias. Assim, você começa a integrar e agregar. O ganhar ou perder depende da responsabilidade. Nunca faria o churrasco na véspera do jogo, nunca liberaria a cerveja na véspera. Isso seria irresponsabilidade. Depois, o treino comeu duro pois o jogo de domingo é importante. As pessoas que saibam discernir. Isso é coisa do passado, é uma bobeira. Teve gente que disse que era por isso que os brasileiros estão ultrapassados. No Real, tinhamos essa obrigação de snos reunir uma vez por mês para um jantar".
Sobre o jogo deste domingo (31), em São Januário (RJ), contra o Bahia, um adversário direto na luta contra o rebaixamento, Luxemburgo o tratou como uma decisão.
"Eu assisti Sport x Bahia. Bahia x Corinthians. O Bahia é um time centenário. É um jogo importante para nós. O importante é nos prepararmos bem para este jogo. Não viemos por lazer. Viemos para trabalhar mesmo. É uma decisão da parte debaixo da tabela, não vamos ganhar campeonato. Mas é uma decisão da parte debaixo da tabela", analisou.
Em outro momento da entrevista, o treinador comentou sobre os salários arrasados e afirmou que manter o Vasco na primeira divisão não tem preço. Ele salientou que o foco é total na reta final do Brasileirão.
"Eu dei uma declaração na semana passada. Eu juntei os jogadores. Nós temos só um pensamento: manter o Vasco na Série A. Estamos voltados para isso. Está entrando uma diretoria nova. Eu não quero saber de problema político, o Salgado foi empossado. Se vai ter briga jurídica, não quero nem saber. Mas os meus jogadores não estão preocupados com o salário. Se sair o salário, ótimo. Mas se o salário não sair, estamos preparados para enfrentar o Bahia e os demais adversários", disse.
"Estamos preparados para manter o time na Primeira Divisão. Cabe ao dirigente ter o discernimento de entender o que eles têm de fazer nas decisões de diretoria. Nós estamos preparados, vamos para o pau. Não estamos preocupados se vai receber ou não. Quem está entrando, tem de saber o que fazer. Pela primeira vez na vida eu venho a público falar isto. Eu sempre falei que os jogadores têm que receber. Mas neste momento não posso entrar nesse mérito. Eu não posso fazer com o que Vasco desvie atenção, que é manter o Vasco na Primeira Divisão. Não tem preço isso, manter o Vasco na Série A. Mas cada um sabe das suas responsabilidades", completou.
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