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Incêndio no Ninho: Alerj finaliza relatório e indicia 9 pessoas por homicídio culposo

Ninho do Urubu após incêndio que acabou resultando na morte de 10 garotos - Thiago Ribeiro/AGIF
Ninho do Urubu após incêndio que acabou resultando na morte de 10 garotos Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

17/03/2021 16h03

Os deputados que compõem a CPI dos Incêndios finalizaram, nesta quarta-feira, 17, a investigação sobre os incêndios de grande proporção que atingiram o Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos. Entre os quais, o do Ninho do Urubu, que vitimou 10 atletas da base do Flamengo no dia 8 de fevereiro de 2019. Nove pessoas foram indiciadas por homicídio culposo. Agora, o relatório deve ser aprovado em Plenário e encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro.

Os indiciados foram pela CPI dos Incêndios foram:

Márcio Garotti (ex-diretor financeiro do Flamengo)
Carlos Noval (ex-diretor da base do Flamengo, atual gerente de transição do clube)
Luis Felipe Pondé (engenheiro do Flamengo)
Marcelo Sá (engenheiro do Flamengo)
Claudia Pereira Rodrigues (NHJ)
Weslley Gimenes (NHJ)
Danilo da Silva Duarte (NHJ)
Fabio Hilário da Silva (NHJ)
Edson Colman da Silva (técnico em refrigeração)

"Quem não está (em relação à denúncia oferecida pelo MPRJ) é o Eduardo Bandeira de Mello (ex-presidente do Flamengo) e o monitor Marcus Vinícius Medeiros (monitor do Flamengo)", afirmou o deputado Alexandre Knoploch (PSL), presidente da CPI dos Incêndios, ao Lance, antes de explicar:

"É por um entendimento jurídico que não tinham conhecimento das irregularidades estabelecidas no local. Existia uma dúvida se Wrobel (Alexandre, ex-VP de Patrimônio do Flamengo) também seria indicado, mas foi o mesmo caso. É importante explicar que a CPI investigava as causas do incêndio. O monitor (Marcus Vinícius Medeiros) não tem culpa disso. Tem, sim, por não estar no local e assistir aos atletas, mas não pela causa do incêndio."

Em janeiro de 2021, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, e outras dez pessoas. Todos podem responder por crime de incêndio culposo, pelas mortes dos 10 atletas das categorias de base do clube, e lesão corporal grave - pelos três que sobreviveram. Nenhum dirigente da atual gestão foi denunciado.