Atleta olímpico brasileiro é suspenso por três anos por maltratar cavalo
O Tribunal da Federação Equestre Internacional (FEI) anunciou nesta quarta-feira a suspensão de três anos ao brasileiro de adestramento Leandro Aparecido da Silva, que foi filmado cavalgando e maltratando o pequeno pônei de sua filha no ano passado.
O cavaleiro, que disputou a Olimpíada de Pequim, em 2008, tem 21 dias para recorrer da punição na Corte Arbitral do Esporte. Além da suspensão, o atleta levou uma multa de mais de R$ 30 mil.
O vídeo do abuso chegou a ser amplamente compartilhado nas redes sociais. Em resposta, Leandro reconheceu publicamente que era ele montando o pônei no vídeo e justificou a atitude. Ele explicou que tentou dar um limite ao animal, que havia atacado sua filha.
"Temos um pônei que é tratado com tudo do bom e do melhor, mas atacou minha filha de dois anos, mordeu as costas dela, deixou na carne viva. Na hora fiquei muito indignado, porque ele foi realmente maldoso. Do jeito que eu estava, no mesmo momento montei ele para tentar mostrar que ele não deveria mais ter aquele tipo de atitude. Eu estava sem chicote, sem botas ou esporas e apenas com bridão", escreveu o atleta nas redes sociais na época.
Em setembro de 2020, o Tribunal de Justiça Desportiva do Hipismo Brasileiro (Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Hipismo Brasileiro) emitiu uma decisão que não tinha jurisdição neste caso por se tratar de um incidente fora de competição.
Como resultado, a FEI abriu um processo disciplinar separado contra Leandro, de acordo com o Artigo 30 dos Regulamentos Internos do Tribunal da FEI por alegadas violações do Artigo 142 dos Regulamentos Gerais da FEI, que proíbe o abuso de cavalos.
Com mais de 20 anos de hipismo, Leandro também fez parte da equipe brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo-2003, Guadalajara-2011 e Toronto-2015.
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