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Palmeiras lança balanço sem mostrar aos conselheiros; membros se incomodam

O presidente Mauricio Galiotte e o diretor de futebol Anderson Barros, do Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. - Cesar Greco
O presidente Mauricio Galiotte e o diretor de futebol Anderson Barros, do Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. Imagem: Cesar Greco

01/05/2021 10h30

A data limite para os clubes divulgarem o balanço financeiro se encerrou na última sexta-feira (30) e o Palmeiras cumpriu com a publicação dos dados. O clube apresentou um déficit de R$ 151 milhões e membros do conselho deliberativo só tiveram acesso aos números por meio da imprensa.

O LANCE!/NOSSO PALESTRA ouviu conselheiros tanto da situação quanto da oposição e a principal reclamação é como o clube tem faltado com transparência. Alguns deles, inclusive, só tiveram acesso ao documento após envio da reportagem.

O Palmeiras entende que a situação é igual a do ano passado. A diretoria tem uma data para cumprir com a divulgação das obrigações financeiras. A reunião para apresentação estava marcada para 15 de março, mas em razão da fase mais restritiva em São Paulo precisou ser cancelada. Uma nova data será acertada para que o conselho analise.

Os conselheiros acreditam que o processo poderia ser conduzido de outra maneira e citam o exemplo do Bahia, que fez uma reunião online para apresentar o balanço. Em mais de um ano de pandemia, citam o fato do pouco interesse em procurar alternativas para os encontros à distância, uma vez que as reunião presenciais estão impossibilitadas.

A questão do não envio do balanço é visto como um novo ponto de desconfiança de pessoas que fazem parte do conselho para com Maurício Galiotte. A mudança de postura, iniciada durante o segundo mandato do presidente, tem incomodado alguns membros. Eles entendem que a pandemia tem reflexo nas finanças, mas que os cofres começaram a ficar onerados antes da Covid-19. Enxergam que em 2019 a situação já apontava para um futuro mais difícil.

Maurício fica na presidência do clube até o final do ano e, até o momento, a situação não apontou quem deve apoiar para ser o substituto dele. A favorita do atual grupo é Leila Pereira, conselheira e principal patrocinadora do Palmeiras. A oposição também não lançou nenhum candidato.

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