Belluzzo explica que WTorre negociar com Corinthians: 'Queria pessoas confiáveis'
Em entrevista, o ex-presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, explicou que a WTorre, empresa responsável pela construção e administração do Allianz Parque, desistiu de negociar antes um contrato com o Corinthians por não concordar com possíveis irregularidades no contrato.
Belluzzo participou do programa 'Palmeiras 1, 2, 3, 4!', do jornalista Paulo Massini. "Walter Torre contou que, em uma reunião no Corinthians, alguém levantou uma questão em relação ao contrato, que poderia não satisfazer o clube. Em seguida ouviu deles: 'Não se preocupe, não respeitamos contrato'", revelou o executivo. Na época, o Corinthians ainda sonhava com seu primeiro estádio.
Na sequência da conversa, o ex-dirigente comentou sobre como é, em sua visão, ocupar um cargo tão alto no futebol e elogiou o atual presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, ressaltando seu equilíbrio como principal virtude.
"Tenho muito carinho e respeito pelo Galiotte. Acho que ele tem esse estilo equilibrado, tolerante. Tolerância é uma virtude que é muito importante no Palmeiras. Clube de futebol tem uma dimensão que transforma um pouco a subjetividade dos indivíduos. É uma explosão de egos. Não se pode levar tudo pessoalmente", disse o ex-presidente.
Belluzzo foi um dos principais responsáveis por firmar o acordo com a Parmalat no início da década de 90, que daria muitas conquistas ao Alviverde naquela década. Perguntado sobre o processo de aceitação da parceria pelas diversas parte envolvidas, ele citou que a rejeição maior partiu da torcida organizada: "O mais difícil, na época, foi convencer a Mancha Verde de que o acordo era bom. Eles achavam que o projeto seria uma ilusão".
Por fim, o ex-presidente comentou sobre a temporada de 2009, em que o Palmeiras ficou muito próximo de conquistar o título brasileiro, mas acabou fora até mesmo da zona de classificação da Libertadores. Ele admitiu seus erros durante o período e confessou que acabou cedendo a certa pressão externa.
"Meu erro em 2009 foi demitir o Luxemburgo. Ele errou se envolvendo na venda do Keirrison, mas não justifica. Precisava continuar. Era muito bom com os jogadores, o time estava muito bem. Depois, o Jorginho entrou e tava indo bem, aí eu deslizei de novo. Eu sofri muita pressão. Eu encontrava pessoas pedindo o Muricy. Eu me dei muito bem com o Muricy no Palmeiras. Eu tenho que admitir o erro", finalizou ele.
Entre críticas e elogios, foi durante o mandato de Belluzzo que se deu a articulação para a construção da nova arena do Palmeiras, que é, hoje, um dos patrimônios mais valiosos e importantes do clube.
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