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Follmann relembra tragédia da Chapecoense e "segunda chance" de viver

27/11/2021 09h05

Este domingo marca cinco anos da queda do vôo LaMia 2933, que vitimou 71 pessoas, incluindo grande parte da delegação da Chapecoense que viajava à Colômbia para a final da Sul-Americana de 2016. Entre os sobreviventes, está o ex-goleiro Jakson Follmann, que conversou com exclusividade com o LANCE! sobre o acidente e o seu futuro fora dos gramados.

"Com toda a certeza [essa data me impacta], até a eternidade. É um momento de reflexão, é um momento que eu procuro ficar ainda mais com meus familiares, me privar de muita coisa. Tanto que a minha agenda de palestras e shows a gente deixa bloqueada, né, do dia 27 até o dia 30 [de novembro]", disse o ex-goleiro, que agora também é palestrante e cantor.

"É uma data que mexe muito com a gente, mexe muito comigo, por ter sentido muito isso na pele, mexe muito com os nossos familiares. E vou até te dizer, é uma data que a gente procura refletir, ainda mais, sobre a vida", acrescentou.

Jakson Follmann também falou sobre como se recuperou do acidente e como viu essa 'segunda chance' de viver após a tragédia.

"É muito difícil quando você encerra uma carreira precocemente. Mas ao mesmo quando você olha por tudo que aconteceu, da maneira que aconteceu, eu acho que a última coisa que você teria que fazer é se lamentar. Eu tinha duas opções: ou me lamentar, entrar em uma depressão, ou encarar a vida de frente, né. Me aposentei com 24 anos, no auge da minha carreira, foi super difícil, e eu procurei me apegar muito a essa ser a minha segunda chance de viver, de estar com os meus familiares, de estar com a minha esposa, de estar com meus amigos verdadeiros", falou.

"Eu tive que ter muita paciência né, porque fiquei praticamente dois meses hospitalizado, fui um dos únicos dos sobreviventes a perder um membro e ter que encerrar realmente a carreira. O Neto teve outras oportunidades e infelizmente não conseguiu [seguir como jogador], o Alan [Ruschel], graças a Deus, está até hoje jogando. Mas naquele momento eu não tive essa oportunidade de pelo menos tentar", completou Follmann.

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