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TJ-MG vê justificável ira e absolve torcedores do Galo acusados de racismo

Cruzeiro x Atlético-MG no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro 2019 - Vinnicius Silva/Cruzeiro
Cruzeiro x Atlético-MG no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro 2019 Imagem: Vinnicius Silva/Cruzeiro

27/07/2022 19h45

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) absolveu hoje dois torcedores do Atlético-MG acusados de racismo. Os irmãos Natan Siqueira Silva e Adierre Siqueira da Silva protagonizaram o episódio em um clássico contra o Cruzeiro, em 2019 e foram acusados de chamar um segurança de "macaco".

Para a absolvição, os três desembargadores que assinaram a decisão apontaram "justificável ira" dos réus. O ato de racismo ocorreu ao final da partida, em direção a Fábio Coutinho da Silva, um dos seguranças do Mineirão. De acordo com a acusação, Adrierre cuspiu no rosto do trabalhador e o chamou de "filho da p***", "viado".

Segundo o segurança, ele queria impedir que os réus acessassem a tribuna de imprensa, e, tão logo, a torcida do Cruzeiro. A situação aconteceu por conta de um princípio de briga entre os torcedores dos dois clubes.

Na perícia da defesa, foi apontado que Natan chamou Fábio de "palhaço" e não "macaco". A advogada dos irmãos destacou que o segurança "nem é negro, mas, no máximo, pardo".

Por fim, os desembargadores do caso afirmaram que os réus "agiram revoltados, em uma crescente e justificável ira", já que foram impedidos de não acessar um local seguro, mesmo com efeito de gás de pimenta, arremessados pela Polícia.

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