De musicista a lutador de MMA, Weber Almeida entra no ringue do Bellator neste fim de semana
Antes nas artes musicais, agora nas artes marciais. Aos 34 anos, Weber Almeida está no ápice de sua carreira como lutador e busca voos ainda mais altos. O atleta de MMA do Bellator entra no octógono neste sábado, contra o norte-americano Ryan Lilley, em Long Beach, na Califórnia, às 20 horas (horário de Brasília).
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Weber busca se firmar entre os principais nomes de Bellator do planeta. Porém, rodar o mundo não é novidade para o atleta. Quando mais jovem, ele viajou por quatro continentes e quase trocou as luvas pelas flautas.
- Quando tinha 11 anos, pedi um carrinho de controle remoto para o meu pai e ganhei um teclado no lugar, não sabia nem por onde começar a aprender, mas não queria desapontá-lo. Entrei no projeto 'Flauta Mágica', na esperança de aprender música e conseguir usar o presente que ganhei. Me apaixonei e não queria mais largar, ensaiava de 10 a 12 horas por dia, comecei a dar aula de iniciação musical em uma escola e aquilo ganhou meu coração - disse o lutador.
Durante muitos anos, o atleta tentou conciliar o esporte com a música. Entretanto, a grande dificuldade consistia na consolidação de uma vida financeira estável. Aos 27 anos, ele decidiu largar as flautas para se dedicar aos tatames e ringues, mas com muitos obstáculos.
- Eu sempre soube que esse era meu destino, mas naquele momento decidi que não teria volta. Rifei meu próprio celular para conseguir arcar com uma viagem para a China. Quase fui deportado por causa da burocracia de visto - declarou.
- Só consegui ficar lá por um mês porque não consegui a extensão da minha permanência. Depois disso fui atrás de uma oportunidade em Londres que também não deu certo. Voltei para o Brasil com 50 reais no bolso - desabafou Weber.
Quando voltou para o país, ele não quis voltar para Cuiabá e se manteve em São Paulo dormindo nos tatames da academia que treinava.
Para se alimentar, se mobilizava para comer em um restaurante subsidiado pelo governo, no qual a refeição custava R$ 0,50. No entanto, só comia um prato por dia, visto que o local de alimentação ficava a 7 km da sua moradia.
Depois, veio a oportunidade que mudou a sua vida pessoal e profissional. Com mais batalhas fora do ringue para conseguir dinheiro, Weber se mudou para o Rio de Janeiro e conheceu grandes lutadores e treinadores, como Lyoto Machida e Vítor Belford.
- Não tinha dinheiro para viajar. Comprei algumas caixinhas de
som portáteis e revendi todas em uma hora. Comprei mais e no final do dia já tinha o necessário para ir - contou.
Hoje, Weber vive em Los Angeles e é atleta do Bellator. Nas seis lutas
disputadas na organização, ele possui cinco vitórias - todas por nocaute e uma derrota por pontos. O objetivo final passa diretamente pelo resultado do confronto dessa semana.
- Eu quero o cinturão. Meus resultados têm me credenciado para mais eventos e sei que estou me aproximando do top-10 da minha categoria. Tenho treinado duro e o próximo adversário é um cara experiente, difícil, mas confio muito em mim. Essa vitória é primordial e eu vou atrás dela com todas as minhas forças - finalizou Weber Almeida.
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