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Sem títulos, mas respeitado pelo elenco, Ceni completa um ano no São Paulo

Rogério Ceni, técnico do São Paulo, durante partida contra o América-MG. - Alessandra Torres/AGIF
Rogério Ceni, técnico do São Paulo, durante partida contra o América-MG. Imagem: Alessandra Torres/AGIF

13/10/2022 14h51

Nesta quinta-feira (13), Rogério Ceni completou um ano sob o comando do São Paulo. No dia 13 de outubro de 2021, Hernán Crespo deixava o Tricolor paulista e, no mesmo dia, o ídolo do clube como goleiro virou o novo técnico.

Esta é a segunda passagem de Ceni no time. A primeira aconteceu em 2017, mas durou somente cinco meses, sem grandes feitos. Nesta passagem atual, levou o time até a final do Campeonato Paulista, semifinal da Copa do Brasil e luta contra o fantasma da final perdida da Copa Sul-Americana - vista como uma das grandes metas do treinador desde que assumiu o cargo, mas que não contou com um final feliz.

Ceni assumiu o comando do Tricolor após uma queda de desempenho da equipe no Brasileirão com Crespo - que esteve na conquista do Paulista de 2021, rompendo um jejum de oito temporadas sem títulos. Na penúltima rodada da competição, livrou a equipe da zona de rebaixamento.

Com a derrota no Paulista, ao ser perder para o Palmeiras por 4 a 0 no Allianz Parque, as copas viraram prioridade - uma vez que o São Paulo lutava, principalmente, pelo continental, já que a última conquista internacional aconteceu em 2012. Na época, Ceni ainda atuava como goleiro.

Eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil, a derrota para o Independiente Del Valle, em Córdoba, mudou o rumo do treinador na temporada e expôs uma série de dúvidas quanto ao futuro. Isso porque em ocasiões anteriores a grande decisão, o técnico afirmou que seu futuro dependia diretamente da conquista.

"Eu preciso ser campeão para continuar. Tem todas as situações do clube, mas somos movidos a conquistas. Fomos ao Fortaleza para ser campeão, ao Flamengo para ser campeão. Por mais dificuldades que apareçam, a Sul-Americana é a principal chance de o São Paulo ser campeão", disse após a vitória contra o Ceará, na Castelão.

Após retornar de Córdoba, tudo foi colocado em dúvida. Se a meta antiga era a conquista internacional, a atual é encerrar a temporada entre os oito primeiros colocados, para disputar a próxima Copa Libertadores.

Nesta semana, Rogério Ceni participou de uma reunião para definir as projeções para o próximo ano. A diretoria enfatizou que tem o atual treinador como o único nome possível para a próxima temporada.

Mesmo 'na bronca' por parte da torcida devido ao trauma da Copa Sul-Americana, Ceni - ao que tudo indica - estabelece um bom relacionamento com os jogadores - algo que é sempre citado pelos próprios. Rafinha, um dos veteranos da equipe, chegou até a falar tais pontos após a derrota para o Botafogo na última partida disputada, quando questionamento se o elenco estaria tendo problemas com Rogério.

"A gente perdeu uma decisão, o futebol é assim, eu já perdi tanto na minha vida e já ganhei também muito assim, quando você perde, infelizmente assim, a crítica vem, nada serve, nada valeu a pena. Mas assim, nós, como jogadores, eu fui capitão no jogo, tô aqui para falar assim. A gente sempre tá procurando fazer melhor, desde que eu cheguei aqui em janeiro, eu acho que vocês todos estão acompanhando a gente, ninguém nunca viu nenhum jogador fazendo corpo mole e nenhum jogador deixando de correr. Não, a gente se entregou, o nosso grupo deu uma identidade. Claro, não conquistamos, isso aí é o que gera, agora, todo tipo de insatisfação, de crise, mas a gente sabe que a gente está dando o nosso melhor", disse Rafinha, negando problemas internos com o treinador.

Em julho deste ano, o São Paulo anunciou a renovação de contrato de Rogério Ceni até até o fim de 2023. Antes, o acordo era válido até o fim deste ano.

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