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'Friorenta', inspiradora e com grandes sonhos: como Rayssa Leal chega à final da SLS

04/11/2022 15h11


Aos 14 anos, Rayssa Leal é a grande favorita ao título mundial da Street League of Skateboarding (SLS), disputado neste domingo. A brasileira venceu as três etapas anteriores (Jacksonville, Seattle e Las Vegas) e chega ao Super Crown - a grande final no Rio de Janeiro - em busca de uma conquista invicta. O LANCE! conversou com a "Fadinha" para saber como ela se sente para a decisão.

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Rayssa mantém os pés no chão, mas está confiante em uma vitória no Rio de Janeiro que a tornaria oficialmente a melhor skatista de street do mundo.

- Eu quero só fazer uma grande final, o resultado vai vir se eu conseguir acertar as manobras que eu quero, e eu espero que acerte, eu estou treinando muito para isso. Podem vir quatro títulos seguidos, vai ser muito louco se eu conseguir e espero que dê certo - falou.

Rayssa venceu três etapas anteriores da SLS (Foto: Bruno Vaz/LANCEPRESS)

Mas a verdade é que o título está longe de estar garantido. As três vitórias anteriores não entram na conta do Super Crown, ou seja, tudo será definido neste domingo. Nas últimas duas edições, Rayssa ficou em segundo e outra brasileira, Pâmela Rosa, venceu. A "Fadinha" aposta no próprio amadurecimento para garantir o primeiro título do torneio mais importante do street.

- A gente às vezes está em um dia bom e às vezes em um dia ruim e está tudo bem, o resultado que vier eu vou estar feliz. Mas eu estou sonhando muito com o primeiro lugar, porque bateu na trave duas vezes, fui vice para a Pâmela nas duas, mas minha mentalidade mudou e agora quero o primeiro lugar - contou.

Durante as Olimpíadas de Tóquio, muito se falou sobre a relação de Rayssa com Pâmela, de 23 anos, e Letícia Bufoni, de 29. As duas foram mentoras e grandes incentivadoras da skatista. Com a ascensão da jovem atleta, outras meninas passaram a olhar também para ela como referência.

- Eu acho que ainda sou pupila. A minha amizade com a Letícia e a Pamela é muito linda, dentro e fora da pista. Eu me inspiro bastante na Letícia, ela já falou que se inspira em mim também e essas gurias 'pequenas' falam que se inspiram em mim, é um ciclo bem 'louco', eu fico muito feliz de estar podendo impulsionar o skate feminino - celebrou Rayssa.

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As Olimpíadas de Tóquio, na qual Rayssa levou uma medalha de prata e se tornou a mais jovem da história a subir ao pódio, também trouxe uma fama repentina. Hoje ela conta com mais de seis milhões de seguidores no Instagram, mas disse que continua saindo com os amigos e se divertindo sem problemas.

Rayssa relatou que se sente mais ou menos nervosa em algumas situações. Um dos fatores que influencia nessa pressão é ter que decidir o título na última manobra e a outra, curiosamente, é a temperatura.

- Eu sou muito friorenta, então (quando está frio) tenho que colocar casaco, tirar casaco, botar casaco. Isso me deixa nervosa - explicou.

Rayssa é "pequena", mas tem sonhos gigantes. Podendo colocar na prateleira, ao lado da medalha olímpica, um título mundial, os planos da skatista vão muito além das realizações pessoais.

- É um passinho de cada vez e todos os meus sonhos estão sendo realizados, espero que esse dê certo também, de ser campeã mundial. Além disso, eu quero continuar incentivando o skate, criar ONGs para poder ajudar crianças que querem começar a andar e não têm renda para isso. Quero ajudar essas pessoas - afirmou a adolescente.

Rayssa Leal disputa o título do Super Crown neste domingo, a partir das 10h30, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

*Sob supervisão de Ricardo Guimarães.