Galvão Bueno recebe homenagem no Domingão e chora com depoimentos da mãe e de irmã de Ayrton Senna
Vendedor de emoções, Galvão Bueno sentiu neste domingo aquilo que tentou passar para os espectadores durante toda a carreira. O narrador, que se aposenta da locução na TV após a Copa do Mundo, chorou mais de uma vez em homenagem recebida no Domingão com Huck, da TV Globo.
A atração preparou homenagens com a participação de amigos, familiares e da própria mãe de 94 anos, que apesar das dificuldades devido a idade avançada, vez questão de dar um depoimento sobre o filho.
Logo no começo, Tino Marcos, ex-repórter da Globo, fez uma reportagem contando a trajetória do narrador. Outro que narrou a infância de Galvão foi Arnaldo Cezar Coelho. O programa contou ainda com um depoimento do Rei Pelé.
O narrador comentou a amizade que tem com os dois ex-colegas de Globo.
- Comecei a trabalhar com o Tino em 1989, ele era um menininho. Nosso relacionamento foi muito especial. (...) O Arnaldo, eu falava mal dele quando era juiz, depois ele passou de um amigo. virou um irmão. É uma pessoa espetacular. Eu nem acredito que fiz tudo isso (mostrado nas reportagens) - disse, emocionado.
O narrador falou ainda da amizade com Pelé, que luta contra um câncer e faz tratamento de quimioterapia.
Pelé, meu amigo, meu irmão, você sabe como eu te amo. O prazer e a honra de poder transmitir você jogando e ter você durante três copas do mundo. Você está jogando o jogo de sua vida, você ganhou tudo que podia no esporte. Você vai vencer essa luta e eu vou ai te dar um abraço.
Galvão ainda explicou o fim da carreira como narrador, mas disse que não vai parar de trabalhar.
- Eu vou virar uma página, não fechar o livro. Tenho umas coisinhas para fazer nos próximos anos. Dia 18 de dezembro será minha última narração, na final da Copa. Eu espero que o Brasil esteja lá. Mas eu não tenho ideia do que vou falar - afirmou.
- Depois da Copa eu vou pegar minha esposa e vou sumir um pouco. Não vai ter natal e nem vai ter ano novo - concluiu.
Galvão chorou bastante, mais ainda quando Viviane Senna, irmã de Ayrton Senna, apareceu para falar da amizade do narrador com o tricampeão da Fórmula 1.
- O Galvão quando narrava as corridas do meu irmão dizia que ele era o 'Ayrton Senna do Brasil'. E isso ficou marcado. Ele (Senna) sabia que estava naquele momento sendo assistido por milhões de brasileiros e o Galvão expressava nossos sentimentos nas manhãs de domingo - disse Viviane.
- Ele me faz muita falta. Um amigo dele me disse: 'Vc sabe que mudou o nome dele? Deixou de ser Ayrton Senna da Silva e virou Ayrton Senna do Brasil? Eu não tinha ideia disso. (...) Ele era meu irmão mais novo que eu dava conselhos. Se eu disser que eu bate papo com ele as vezes você acredita? Está certo que ele não me responde, mas eu tenho certeza que a luz dele brilha intensamente em outra dimensão - brincou.
Galvão ainda falou da dificuldade que passou na carreira em ter que se equilibrar para passar emoção sendo justo com os personagens.
- Eu sou um equilibrista há 48 anos. Eu vendo a emoção mas não posso fugir da realidade. Eu fui injusto algumas vezes, mas sempre tentei não ser mal educado. Nunca me meti na vida particular de ninguém porque não permito que se metam na minha. Alguns ficaram chateados no meio do caminho e a eles eu peço desculpas. Tentei não agredir ninguém, e isso eu consegui - afirmou.
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