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Em amistoso com o Bahrein, Sérvia mostra sua 'arma aérea' antes da estreia contra o Brasil na Copa

19/11/2022 08h20


A Sérvia entrou em campo, nesta sexta, para seu último teste antes da Copa do Mundo do Qatar. Apesar do ritmo menos intenso contra o Bahrein, a equipe do treinador mostrou suas armas e virtudes para a disputa da competição. O Brasil terá que ficar de olho no jogo aéreo, bola parada e imposição física da equipe comandada por Stojkovic.

Com alguns desfalques importantes (Mitrovic, Kostic, Veljkovic e Lukic), as Águias Brancas tomaram conta das ações ofensivas com muita força nos duelos individuais. Coube a Tadic mostrar que a bola parada é uma munição certeira e muito perigosa ao abrir o placar com uma linda cobrança de falta.

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Se por um lado, a Sérvia mostrou onde pode levar perigo, mas deixou espaços pelo lado esquerdo com Mladenovic, que foi o substituto escolhido para a ausência de Kostic. Foi por esse setor que o Bahrein surpreendeu e conseguiu entrar na área e sofrer um pênalti. Na cobrança, Yusuf deixou tudo igual no placar.

É preciso ponderar que a intensidade e nível de competitividade de um amistoso pré-estreia de Copa é bem menor. Mas ter a defesa vazada por um adversário tão inferior mostrou por onde o Brasil pode explorar para ter uma estreia vitoriosa. O último jogo serviu para a Sérvia fazer testes, mas também mostrou os caminhos por onde Tite pode avançar.

Durante todo primeiro tempo, os sérvios tiveram dificuldade em furar o bloqueio barenita. A lentidão nas transições ofensivas custou caro neste momento e o empate persistiu. fizeram falta, sobretudo o jogador da Juventus, que traz profundidade e apoio constante pelo lado esquerdo.

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A entrada de Vlahovic, na volta do intervalo, mudou o panorama do jogo. O atacante se mostrou essencial para o esquema e trouxe mais mobilidade na frente. Em dois lances, encaminhou a goleada com uma assistência e um gol. Com um jogador a mais na frente, a equipe teve mais dinâmica e poderio ofensivo.

O elenco de Tite terá que ficar de olho no lado esquerdo de ataque da Sérvia. Por ali, as subidas são constantes e caberá a Danilo, que atua como zagueiro na Velha Senhora, estar atento pelo setor com cobertura e diminuição dos espaços. Os alas atraem a marcação e constroem seja por dentro, ou em profundidade, dependendo da característica do jogador.

Por outro lado, espaços são deixados por ali e podem ser explorados tanto pelos laterais construtores, quanto pelo setor ofensivo do Brasil. Um jogador veloz por aquele espaço pode incomodar as costas de Kostic, que deve ser o titular, e gerar perigo. Com alas e meias adiantados, Neymar pode flutuar nas costas dos volantes e atrair a marcação.

Depois do terceiro gol, a Sérvia encontrou facilidade e, de forma tranquila, construiu o 5 a 1. Com um jogador a mais na frente, a equipe produziu de forma mais eficiente. Resta saber de que maneira o treinador irá escalar seu ataque contra o Brasil. A defesa seguirá com uma linha de três zagueiros.

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Com jogadores do título do Mundial sub-20 em 2015, justamente contra o Brasil, na Nova Zelândia, a Sérvia chega mais forte do que na última Copa. Mesmo sem estar na 'primeira divisão' da Nations League, a seleção fez uma campanha consistente nas Eliminatórias europeias e se classificou em primeiro num grupo em que Portugal era o favorito.