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OPINIÃO: Portugal entra na Copa para cumprir potencial e dar 'última dança' digna para Cristiano Ronaldo

24/11/2022 03h00


Nesta quinta-feira (24), Portugal começa sua jornada em busca do inédito título da Copa do Mundo, e em nenhuma das sete edições nas quais a seleção das quinas participou os portugueses tiveram uma chance tão grande de sair com a taça como no Qatar.

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Assim como em qualquer esporte coletivo, a principal engrenagem é a estrela, e o sucesso vai passar por Cristiano Ronaldo. Responsável por mudar o patamar de Portugal nos últimos 20 anos, CR7 vive seu pior momento dentro e fora dos gramados, e aos 37 anos, os questionamentos sobre sua entrega coletiva e foco vem aumentando. Mas é justamente nos jogos e competições grandes que o craque se sobressai e mostra sua veia decisiva.

Com uma extensa lista de recordes individuais e títulos, o atacante não deve e não precisa provar nada ao mundo mesmo após sair pela porta dos fundos do Manchester United, clube que o projetou ao mundo. Caso ele supere as adversidades e consiga a façanha da taça, terá um sólido caso na conversa dos maiores jogadores da história, ao lado de Pelé e Maradona.

Ao contrário de 2006, 2010, 2014 e 2018, Cristiano Ronaldo não 'jogará sozinho' e terá coadjuvantes de elite para executar a missão. A seleção portuguesa conta com dois dos melhores defensores da atualidade (Rúben Dias e João Cancelo) e um meia com imensa capacidade criativa (Bruno Fernandes).

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CR7 chega em baixa e sem clube para a Copa no Qatar (Foto: Giuseppe CACACE / AFP)

Além disso, há uma mescla de experiência com juventude no elenco, e essa receita costuma trazer bons frutos no futebol.

O 'chefe' responsável por gerir a situação é quem está sob maior pressão. Questionado por não conseguir extrair o melhor de um elenco com tanta qualidade técnica, o técnico Fernando Santos faz sua equipe praticar um futebol burocrático. As táticas conservadoras funcionaram na Eurocopa de 2016, mas Fernando vai precisar mostrar um novo repertório para bater de frente com o talento de França, Brasil e Argentina, além das linhas com cinco defensores, nova tendência no esporte.

Assim como Michael Jordan em 1997-1998 com o Chicago Bulls, Cristiano Ronaldo vai para a sua "última dança" em uma competição de alto nível sendo a grande estrela do time. Portugal tem o talento e peças necessárias para dar a Cristiano uma despedida digna de sua carreira, e ao mesmo tempo provar o potencial desse geração especial.