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Tite evita comentar protestos durante a Copa: 'Sem alienação, são escolhas'

Tite comanda a seleção brasileira na partida contra a Sérvia na Copa do Qatar - Markus Gilliar - GES Sportfoto/Getty Images
Tite comanda a seleção brasileira na partida contra a Sérvia na Copa do Qatar Imagem: Markus Gilliar - GES Sportfoto/Getty Images

24/11/2022 19h55

Classificação e Jogos

A frase "não é só futebol" é algo que durante a Copa do Mundo do Qatar tem sido bastante usada. Isso porque a realização do evento no país envolvem questões culturais que ferem alguns direitos, incluindo a questão LGBT, algo que a própria Fifa tem tentado abafar ao praticamente proibir protestos de algumas seleções. O técnico da seleção brasileira, Tite, por sua vez, optou por evitar entrar no debate e focou naquilo que pode fazer dentro do esporte, sua área.

Para contextualizar o tema, a lei no Qatar diz que a prática da homossexualidade é crime passível de cadeia por um período de até oito anos ou mesmo a morte, de acordo com o direito islâmico. Isso fere qualquer tipo de direitos humanos em todo o mundo, algo que incomoda e muito alguns participantes da Copa do Mundo, como a seleção alemã.

Tite foi perguntado sobre essa situação durante a entrevista coletiva após a vitória por 2 a 0 sobre a Sérvia, hoje (24). No entanto, apesar de afirmar que luta pela igualdade e contra a discriminação, ele preferiu não comentar o tema e prefere focar nas mudanças dentro daquela que é a sua área, a esportiva, principalmente na conversa com jovens.

"Meu posicionamento é ligado ao esporte especificamente, ele é que o esporte é um veículo de educação também, na medida em que há lealdade, capacidade de superação, é a minha atividade, é aquela que eu tenho domínio, aquela que eu busco. Eu quero ser um exemplo enquanto técnico, quero que os atletas sejam um exemplo, eu quero que nós enquanto comissão técnica sejamos exemplo, mas entendo o contexto todo dela", declarou o treinador antes de completar:

"Quero sim e luto para que haja igualdade, que não haja discriminação, qualquer que seja ela, luto e busco também, mas eu tenho uma área especifica que eu posso e que eu a domino e essa é no esporte. Eu quero ser um exemplo na minha atividade para poder inspirar principalmente a garotada, nós cascudos já temos nossos princípios, nossa ética, temos uma garotada que a gente pode exemplificar, a essa quero me ater, sem alienação, são escolhas", concluiu.

Na última quarta-feira, os jogadores da seleção da Alemanha realizaram um protesto silencioso pelo veto da Fifa ao uso da tarja de capitão "One Love", de apoio à causa LGBT, antes da estreia diante do Japão, na qual foram derrotados de virada por 2 a 1. A entidade máxima do futebol prometeu punir com cartão amarelo qualquer mensagem do tema.

A Seleção Brasileira volta a campo na próxima segunda-feira (28), às 13h (de Brasília), para enfrentar a Suíça, que é a vice-líder do Grupo G, ambas com três pontos.

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