ANÁLISE: Talento salvou 'bagunça' do técnico, e Portugal sofreu mais do que o necessário contra Gana
Antes da partida, o técnico Fernando Santos prometeu que Portugal seria uma equipe criativa e dinâmica, e durante boa parte da vitória por 3 a 2 sobre Gana ele não cumpriu o prometido. A seleção portuguesa teve problemas táticos, sofreu mais do que o necessário por erros do treinador, mas viu seus principais jogadores brilharem em momentos decisivos da partida e saiu com os três pontos na estreia da Copa do Mundo.
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As grandes surpresas na escalação da seleção portuguesa foram as presenças de Otávio no meio-campo e João Félix ao lado de Cristiano Ronaldo. Dessa forma, Fernando Santos abdicou dos pontas para povoar o meio-campo.
O problema é que a centralização do jogo não funcionou contra o sólido sistema de cinco defensores das Estrelas Negras. Portugal dominou a posse de bola, mas não foi efetivo com ela. A única boa chance veio no erro da saída de bola dos ganeses, onde Cristiano Ronaldo foi bloqueado pelo goleiro.
No segundo tempo, Portugal não fez alterações, mas mudou o comportamento em campo. A equipe era mais rápida na troca de passes e dava espaços para o contra-ataque de Gana, que passou a ser mais perigosa com a bola.
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Portugal não fez bom primeiro tempo (Foto: Khaled DESOUKI / AFP)
Mas a estrela de Cristiano Ronaldo brilhou quando a equipe mais precisava, e o craque 'achou' um pênalti questionável. CR7 foi seguro na cobrança e abriu o placar.
Apesar da vantagem, o lado direito da defesa, formado por dois jogadores do Manchester City, não parecia entrosado. Gana soube explorar a fragilidade no setor e empatou rapidamente.
Porém, Portugal não sentiu o golpe, aproveitou que a seleção africana atacava cada vez, e liquidou a partida em um intervalo de cinco minutos. Bruno Fernandes serviu João Félix e Rafael Leão, recolocando os portugueses em vantagem.
Mas os problemas no lado direito seguiam atormentando Portugal, que sofreu um gol nos minutos finais e quase levou o empate em um erro do goleiro Diogo Costa.
Contra uma seleção mais fraca como Gana, a falta de repertório ofensivo no primeiro tempo foi salva pelo talento individual. No entanto, para competir com Brasil, França, Inglaterra e Argentina, Fernando Santos vai precisar ser menos pragmático e mais corajoso.
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