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Neymar sofre com histórico recente e 'fantasma' das lesões em Copas do Mundo

25/11/2022 14h02

Classificação e Jogos

Nem tudo são flores após a vitória da seleção brasileira sobre a Sérvia, por 2 a 0, em sua estreia na Copa do Mundo do Qatar. A sexta-feira só não está perfeita para os torcedores no Brasil por conta das lesões de Neymar e Danilo. Para o camisa 10 essas lesões têm sido um grande "fantasma" não apenas em Mundiais, mas também em seu histórico recente, especialmente no PSG, seu clube, onde já perdeu muitas partidas nesses anos.

Se focarmos somente em Copas, já teremos um histórico a lamentar. Pela terceira seguida ele sofre com lesão antes ou durante o Mundial. Desta vez, em 2022, o problema é uma lesão ligamentar lateral no tornozelo direito, além de um edema ósseo. O departamento médico da Seleção está otimista para o retorno de Ney, mas somente para o mata-mata, já que os dois próximos ele será desfalque certo para o time de Tite.

Em 2014, no entanto, o drama foi bem maior e por muito pouco não interrompeu para sempre a carreira de Neymar. Diante da Colômbia, nas quartas de final daquela Copa, o atacante sofreu uma joelhada de Zuñiga em suas costas, caiu no chão e não levantou mais, causando apreensão no Castelão, em Fortaleza. O jogador foi levado de ambulância para o hospital e lá constatou lesão na terceira vértebra da coluna, que se fosse alguns centímetros para o lado, teria deixado o camisa 10 da Seleção paraplégico.

Neymar não voltou para a semifinal, na qual o Brasil foi humilhado ao sofrer o 7 a 1 da Alemanha, mas ficou no banco diante da Holanda, na disputa do terceiro lugar, embora não tivesse condições de entrar em campo. A Seleção perdeu e ficou na quarta posição.

Em 2018, Neymar não teve sua lesão na Copa do Mundo, mas sim antes dela, o que acabou desencadeando em sua condição física abaixo do que poderia. Em fevereiro daquele ano, ele teve uma fissura no quinto metatarso do pé direito e precisou apressar sua recuperação. No período ele não atuou pelo PSG e retornou diretamente com a Seleção, três meses depois, às vésperas da Copa da Rússia, em amistoso contra a Croácia. Assim, Ney não tinha adquirido o ritmo de jogo suficiente para estar 100%.

Zuñiga deu joelhada em Neymar nas quartas de final da Copa de 2014 - Jamie McDonald/Getty Images - Jamie McDonald/Getty Images
Zuñiga deu joelhada em Neymar nas quartas de final da Copa de 2014
Imagem: Jamie McDonald/Getty Images

Histórico recente de lesões

Desde que chegou no PSG, na temporada 2017/2018, Neymar ficou fora de combate por questões físicas, por 20 dias ou mais, em nove oportunidades, ou seja, teve nove lesões que o tiraram por um longo tempo do gramado. Somente aquelas relacionadas ao quinto metatarso foram duas: uma em 2018 e outra em 2019. Somente nessas foram mais de seis meses sem jogar e praticamente duas temporadas comprometidas na França.

Em 2019, quando vinha se recuperando da segunda lesão do quinto metatarso, ele sofreu entorse no mesmo pé (o direito) e rompeu o ligamento do tornozelo, o que fez com que Tite o cortasse da disputa da Copa América. Mais três meses fora de combate em 2019.

Para encerrar a lista de lesões mais graves no período, uma mais recente, de novembro de 2021, quando ele contundiu o ligamento do tornozelo esquerdo e ficou dois meses e meio sem poder atuar pelo PSG, voltando apenas no início deste ano, em fevereiro.

Ao todo, somando lesões suspensos e outros motivos, Neymar ficou fora de 126 dos 290 jogos que o PSG disputou desde a chegada do jogador. A maioria dessas ausências foi causada por lesões. Segundo levantamento do LANCE!, foram 100 partidas perdidas.

E agora?

Com a lesão ligamentar no tornozelo direito, Neymar e a comissão técnica da Seleção vão avaliar diariamente a evolução do quadro para determinar os próximos passos. Por enquanto, a CBF descarta a presença do camisa 10 somente contra a Suíça, mas segundo a apuração do LANCE!, ele não voltará antes das oitavas de final da Copa do Mundo.

Quem deve ocupar a vaga de Neymar na seleção brasileira?

Resultado parcial

Total de 7546 votos
8,34%
Lucas Figueiredo/CBF
23,23%
Wagner Meier/Getty Images
7,94%
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Lucas Figueiredo/CBF
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7,62%
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