James Maddison volta a Inglaterra e pode se tornar fundamental para a sua seleção na Copa
O duelo desta terça-feira (29), entre Inglaterra e País de Gales será o primeiro que James Maddison ficará à disposição da seleção inglesa na competição. Recuperado de dores no joelho, o meio-campista certamente iniciará o compromisso no banco de reservas, mas tem tudo para ganhar espaço, se receber e abraçar as oportunidades.
Com participação em 30 dos 100 gols do Leicester na última temporada, sendo com assistências em 12 ocasiões, Maddison é o único meia cerebral que a Inglaterra possui nesta convocação. E, no momento, é desse tipo de jogador que o técnico Gareth Southgate mais precisa.
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Durante a maior parte do ciclo até a Copa do Mundo, o treinador inglês escalou a sua seleção no 3-4-3, com três zagueiros, a dupla de laterais na linha do meio-campo, dois volantes modernos, de boa capacidade na troca de passes, e pontas velozes, mas sem um atleta de articulação. Assim, mesmo tendo chegado entre os quatro melhores times do último Mundial e sido finalista da Euro no ano passado, o trabalho de Southgate sempre teve resistência e críticas no país. O futebol da Inglaterra mostrava resultados - até a página dois, pois não foi campeão - mas não convencia tecnicamente.
Nos dois primeiros jogos da Copa, a iniciativa de Southgate foi sacar Eric Dier, que seria o zagueiro central do time, e colocar Mason Mount na articulação central. No duelo contra o Irã, na estreia, uma goleada por 6 a 2 em que o English Team se valeu muito mais da velocidade dos atletas de beirada do que chegando ao gol adversário com construção pelo meio-campo. Já no segundo compromisso, diante da seleção americana, ficou evidente a falta que um meia de articulação faz.
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No segundo tempo contra o US Team, Southgate promoveu a entrada de Jack Grealish. O atleta até possui um perfil de construção de jogadas pelo meio, mas no Manchester City atua fazendo essa função do lado esquerdo. Além disso, os números dele no seu clube são bem inferiores aos de Maddison. Na última temporada, foram quatro assistências e seis gols marcados. Ele participou apenas de um terço dos gols da sua equipe em relação ao que James fez no Leicester.
Já neste ano esportivo, Grealish foi apenas uma vez às redes e não deu passe direto para gols, enquanto Maddison já anotou sete tentos e concedeu quatro assistências.
Grealish já deixou a sua marca uma vez nesta Copa do Mundo (Foto: EFE/EPA/Rolex dela Pena)
Fazer a diferença na Copa do Mundo é a grande chance de James Maddison dar a volta por cima em sua história na seleção inglesa. Em outubro de 2019, o meia pediu dispensa no dia anterior ao duelo contra a República Tcheca, em Praga, em jogo eliminatório para Euro de 2020, mas foi visto em um cassino no momento da partida.
À época, a situação foi minimizada e o atleta até foi presença na convocação seguinte. No entanto, desde então ele ficou fora de todas as listas do técnico Gareth Southgate, voltando a ser lembrado somente na referente a Copa do Mundo, e muito por conta da ótima fase. Somada às duas últimas temporadas e a atual, em andamento, Maddison fez 36 gols e deu 24 assistências em 109 jogos, uma média de uma participação em gols a cada duas partidas.
Maddison está em grande fase pelo Leicester há, pelo menos, três temporadas (Foto: AFP)
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