Ex-zagueiro da Holanda relembra encontro com Messi em 2014 e aponta caminho para 'anular' o argentino
Holanda e Argentina voltam a se encontrar em Copas do Mundo, oito anos depois da fatídica semifinal da edição disputada no Brasil. Na ocasião, os hermanos venceram nos pênaltis após 0 a 0 no tempo normal e prorrogação. O resultado foi conquistado por conta da excelente partida defensiva da Laranja, liderada pelo zagueiro Ron Vlaar. Agora ex-jogador, ele relembrou o duelo individual com o craque daquele Mundial: Lionel Messi.
Para Vlaar, a situação atual é bastante diferente do que a de 2014. Na época, a Holanda tinha uma equipe com mais estrelas individuais, como Sneijder, Robben e Van Persie, e se apoiava muito na performance do trio. Van Gaal, que também é remanescente de 2014, parece estar mais amigável na opinião do zagueiro. Sobre Messi, ele brincou com a marcação individual e afirmou que a parada foi um esforço do grupo.
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- Embora eu tenha feito mais combates naquele jogo, outros também. Mas é disso que as pessoas se lembram. Você parar Messi todos juntos. Não é como se eu o seguisse por toda parte, de jeito nenhum. Então você separa sua equipe, por assim dizer - disse, antes de completar:
- Messi está constantemente à espreita onde está o espaço e vai caminhar por lá. Aí quem anda nessa zona tem que pegar. Foi assim que fizemos. Ele sempre consegue sair de qualquer maneira. Você tem que ter certeza de que está em uma boa posição e antecipar o que ele vai fazer - analisou.
Assim como a Holanda, Messi também mudou, na opinião do ex-zagueiro. Vlaar vê Messi mais decisivo do que antes, chamando a responsabilidade como grande líder da Argentina nesta Copa do Mundo. Além disso, ele apontou um caminho para que o camisa 10 perca seu ritmo, passando muito pelo trio de zaga, formado por Van Dijk, Aké e Timbers.
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- Acho que ele está melhor e mais decisivo neste torneio do que em 2014. Então, é claro, ele também empatou os jogadores consigo mesmo. Mas agora você o vê driblando muito mais, jogando com muito mais domínio. Você também não pode se concentrar em um cara. Ele vai pegar a bola de qualquer maneira. E uma vez que ele está atualizado, resta pouco para organizar, você tem que agir. Às vezes com um tackle. Acho que com Van Dijk, Aké e Timber temos os jogadores que podem fazer isso - finalizou.
Apesar da grande partida, Vlaar acabou se tornando um vilão daquela semifinal. O zagueiro desperdiçou uma das quatro cobranças da Holanda na série de penalidades. A Laranja terminou aquela Copa do Mundo na terceira colocação, depois de vencer o Brasil na disputa pelo "bronze", por 3 a 0.
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Melhor partida da carreira?
- Foi uma partida em que deu tudo certo, em que você viu a minha melhor versão. Eu provavelmente já estava ocupado organizando, olhando o que precisava ser feito. Foi uma competição onde deu tudo certo, onde você viu a minha melhor versão. Dá uma grande satisfação que tudo estivesse certo naquele momento. Mas é claro que teria sido ainda melhor se tivéssemos realmente nos tornado campeões mundiais. Foi para isso que vim. Tudo começa com essa convicção.
Disputa individual com Messi
- Também nunca fui muito falador em campo, concentrei-me nas minhas funções. Também não acho que você dissuada Messi de uma partida. Depois não falei com ele. Tudo ficou confuso naquela noite
Diferenças entre as campanhas
- Então começamos com um resultado impressionante, 5-1 contra a Espanha. Isso é diferente agora. Os jogadores sabem que o futebol pode ser melhor. Às vezes fico chateado quando estou assistindo, mas no final eles vencem, e é isso que importa. Nem sempre jogávamos bem naquela época, tínhamos um pouco mais de classe individual, acho. Outra diferença: depois o seleccionador nacional mudou o sistema durante os jogos, de 3-5-2 para 4-3-3. Isso é uma arma. Mas ainda não o vi fazer isso.
Van Gaal
- Eu acho que ele ainda é muito crítico internamente, que ele diz claramente o que pensa, que realmente estala. Ele é assim. Mas externamente ele os mantém fora do vento
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