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Pais de surfista brasileiro morto detalham convivência com filho antes de acidente

14/01/2023 09h25

A morte do surfista de ondas gigantes brasileiro Marcio Freire surpreendeu a todos, mas o baiano aproveitou a família como se soubesse que o fim estava próximo. Dione Freire e Hagamenon Rodrigues Silva, pais do atleta de 47 anos, estavam em Portugal para passar as festas de fim de ano ao lado de Marcio e foram impactados por uma recepção extremamente carinhosa do filho.

"Família toda reunida, faltou só o Bruno (outro filho do casal). Marcio ficou colado na gente. Parece que estava adivinhando. Todos os dias. Nem se lembrou do surfe, só foi duas vezes. Deu toda atenção. Foram dias maravilhosos, o Réveillon foi uma alegria total. Foi uma felicidade que eu nunca tinha sentido, muita energia boa", disse Hagamenon em entrevista ao "ge".

A paixão de Márcio pelo surfe começou muito cedo. Os pais, que não gostavam de assistir ao filho se aventurando nas ondas gigantes e não incentivaram o hobby no início, hoje entendem que a atividade era o destino do baiano.

"Desde pequeno, ele amou o mar. Desde os 9 anos. A gente levava, ele pedia a prancha. No início, não apoiávamos, mas dávamos liberdade. Ele e os irmãos cresceram no mar. Eu sempre dizia: Marcio era um homem do mundo. Era o mar, o surfe. E foi assim a vida toda. Até esse final trágico", falou Dione.

Márcio se acidentou na Praia do Norte, na cidade de Nazaré, em Portugal, na primeira quinta-feira deste mês. O surfista chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e teve uma parada cardíaca.

Ao "ge", Dione e Hagamenon descreveram a dor de perder o filho como "um sofrer eterno".