Botafogo pede novo prazo para quitar parcelas de janeiro e fevereiro do Regime Centralizado de Execuções
Após John Textor alegar que a legislação da SAF não está funcionando como ele imaginava, o Botafogo pediu um novo prazo para quitar as parcelas de janeiro e fevereiro do Regime Centralizado de Execuções (RCE). O clube entende que penhoras feitas por fora do regime além de verbas previstas e não repassadas complicaram o fluxo de caixa.
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Desse modo, a justiça irá ouvir os credores para entender a situação e dar uma resposta oficial ao Alvinegro. O RCE é uma ferramenta prevista pela Lei da SAF (14.193) para atrair investidores aos clubes. Com isso, a equipe centralizaria as dívidas em apenas um tribunal, e faria repasses mensais, evitando assim, penhoras que afetariam o funcionamento das finanças. A informação foi inicialmente divulgada pelo jornalista Matheus Mandy e confirmada pelo LANCE!.
Na última semana, o norte-americano participou de uma live do portal 'Fogão Net' e fez crítica ao funcionamento atual da legislação. Segundo Textor, o clube carioca sofreu com penhoras recentes, que impediram a entrada de cerca de R$ 15 milhões nos cofres.
O empresário também citou que CBF e a Ferj também cobraram dívidas antigas do clube. A entidade brasileira reteve a premiação da Copa do Brasil de 2022 para quitar uma dívida e a federação estadual ameaçou não liberar a inscrição de atletas se outro débito não fosse pago.
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- É importante falar sobre o contrato que fiz com o clube social. No contrato, no primeiro ano, eu teria que aportar R$ 150 milhões. Os torcedores esperam da SAF uma separação clara do passado: "Agora temos um investidor, temos que pensar no futuro, temos que ir para frente". É assim que eu gostaria de pensar. O que era esperado é que 20% das receitas iriam para o RCE (Regime Centralizado de Execuções) para pagar as antigas dívidas do clube social. A Lei da SAF deveria nos ajudar, mas ela está quebrada, não funciona. É a primeira vez que falo isso aqui. Não estamos prontos para aportar no futuro porque os fantasmas do passado continuam interferindo. Eu acredito numa nova lei, e somos os primeiros, junto com Cruzeiro e Vasco, a experimentar essa nova lei. No primeiro ano, mesmo que eu tenha prometido R$ 150 milhões, eu coloquei R$ 200 milhões - disse Textor.
- Desde o início entendemos que os juízes e as cortes brasileiras não tiveram o cuidado para interpretar a Lei da SAF. Acredito que precisamos cuidar da SAF e não se preocupar com os problemas do passado. Todos os credores do clube têm de estar dentro do RCE, depositar os 20% em juízo, e não interferir na operação da SAF - explicou.
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