Topo

Luís Castro detona polícia em campo e pede controle emocional ao Botafogo

Luís Castro, técnico do Botafogo, reclamando da presença da polícia em campo no clássico contra o Flamengo, pelo Campeonato Carioca - Edu Andrade/Estadão Conteúdo
Luís Castro, técnico do Botafogo, reclamando da presença da polícia em campo no clássico contra o Flamengo, pelo Campeonato Carioca Imagem: Edu Andrade/Estadão Conteúdo

25/02/2023 21h57

O técnico Luís Castro não poupou críticas à entrada de policiais em campo no final do clássico entre Botafogo e Flamengo, pelo Campeonato Carioca. O batalhão de Choque foi acionado após torcedores invadirem o gramado do Mané Garrincha e para proteger a arbitragem diante do clima da partida.

Assistimos a jogos em todos os continentes, e há polícia em campo? Flamengo x Botafogo estava sendo visto na Europa, e que imagem estamos vendendo? Polícia de Choque em campo? Eu não cheguei para mudar nada, só para fazer meu trabalho, mas como um técnico é empurrado pelos bastões da polícia para não falar com o árbitro?", iniciou Castro, na coletiva.

Eu sou assassino? Vou roubar o árbitro? Vou agredir? Mesmo que eu vá insultar, há a justiça desportiva para isso. Não é espaço para a polícia! É uma vergonha o que aconteceu hoje", vociferou.

O comandante português também pediu controle emocional à equipe após ter três jogadores expulsos no duelo por reclamação — um no banco de reservas. É a segunda partida consecutiva que mais de um atleta do Botafogo recebe cartão vermelho.

Nós também precisamos fazer nossa reflexão, porque não podemos em dois jogos terminar com nove. O lado emocional precisa ser avaliado. Confesso que é surpresa para mim, normalmente terminávamos com 11", desabafou.

Confira o que mais Luís Castro falou na coletiva

Crítica à CBF. "A CBF não deveria permitir polícia em campo. Passa a imagem de que somos selvagens e não somos. Todos os jogadores meus que chamarem o árbitro de filho da **** devem ser expulsos, e os do Flamengo também."

Responsabilidade da derrota. "Eu assumo a culpa da derrota, sou o líder. Mas todos os agentes do jogo precisam assumir a responsabilidade. O estado do campo é outra coisa, tem que ser cuidado,"

Alfinetada na arbitragem. "Estão três equipes em campo. Normalmente os clássicos no Brasil são muito emocionais. A terceira equipe, a de arbitragem, é para colocar calma no jogo, obrigar os jogadores a se comportarem e termos 11 jogadores de cada lado até o fim."

Medidas diferentes? "No início do jogo, um lance retratou o que poderia acontecer na partida: o árbitro fugiu na frente dos jogadores do Flamengo. Achei estranho, acho que mostrou que estava um pouco fora do que é o papel do árbitro. Por que não fugiu da frente do Tiquinho? Se fugiu uma vez, tem que fugir de todas"

Análise da atuação. "Respeito a opinião de que o Botafogo não fez uma boa partida. Normalmente a equipe que perde, a opinião pública diz que não foi bem. Temos que aceitar. Também acho que poderíamos ter ido melhor. O que tínhamos que ter feito era ter concretizado em gol as chances que tivemos. E não sofrer um gol em um erro nosso. O jogo teria sido totalmente diferente."