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Scarpa x Willian: empresas não tinham permissão de investir em criptomoedas

Gustavo Scarpa e Mayke comemoram gol do Palmeiras em partida no ano passado. - SERGIO MORAES/REUTERS
Gustavo Scarpa e Mayke comemoram gol do Palmeiras em partida no ano passado. Imagem: SERGIO MORAES/REUTERS

13/03/2023 13h06

As duas empresas envolvidas no suposto golpe aos jogadores Gustavo Scarpa, do Nottingham Forest, e Mayke, do Palmeiras, não têm autorização para investir em criptomoedas. Os dois atletas colocaram milhões de reais em um esquema indicado pelo ex-companheiro Willian Bigode e alegam que não conseguiram recuperar o dinheiro. A informação foi publicada em primeira mão pelo g1.

A empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, da qual Willian Bigode é sócio, intermediou o investimento dos jogadores na Xland Holding. As duas companhias não tem autorização nos sistemas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Associação de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e do Banco Central.

O investimento dos dois jogadores no esquema de criptomoedas soma R$10 milhões (R$6 milhões de Scarpa e R$4 milhões de Mayke). O meia-atacante e o lateral processaram a Xland e a WLJC Consultoria para tentar recuperar o investimento. Segundo reportagem da "TV Globo", o goleiro Weverton, do Palmeiras, também perdeu dinheiro com o negócio, mas não quis comentar o caso.

A emissora também exibiu mensagens trocadas entre Scarpa e Willian. No diálogo, o meia-atacante diz que está triste e que o valor investido representa "quase todo o seu patrimônio". Na sequência, o jogador informa o ex-companheiro que foi aconselhado a prestar um Boletim de Ocorrência e citar a empresa do atacante.