! "Fantasma" do Pacaembu pára São Paulo - 11/09/2004 - UOL Esporte - Futebol

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  11/09/2004 - 17h55
"Fantasma" do Pacaembu pára São Paulo

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Em São Paulo

Por R$ 200 mil, o São Paulo cedeu o Morumbi para a realização de um show de rock neste sábado. Sendo assim, precisou enfrentar o Cruzeiro no Pacaembu. E o estádio não fez bem para o time tricolor, que não conseguiu passar de um empate sem gols.

Folha Imagem 
São Paulo e Cruzeiro fizeram um jogo disputado no Pacaembu
O placar ratifica o péssimo resultado da equipe paulista no Pacaembu. Desde 1998, o São Paulo atuou nove vezes no estádio. Neste período, venceu apenas duas vezes. Além disso, conseguiu três empates e acumulou cinco derrotas.

Nesta temporada, o São Paulo só havia disputado uma partida no Pacaembu. Enfrentou o Palmeiras no dia 27 de junho, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, e perdeu por 2 a 1.

E o São Paulo tinha o melhor aproveitamento do Campeonato Brasileiro em partidas dentro de casa. No Morumbi, o a equipe tricolor venceu dez dos 15 jogos que disputou. Além disso, empatou quatro e perdeu apenas uma vez.

O empate leva o São Paulo a 49 pontos. Assim, a equipe paulista assume momentaneamente a quinta colocação e perde a chance de entrar na zona de classificação para a Libertadores. A fraca atuação irritou os mais de 13 mil torcedores que acompanharam a partida e vaiaram sua equipe no final.

O Cruzeiro, com o empate, chegou aos 42, ocupando o 11º lugar na classificação geral. Apesar de estar longe dos líderes, o time mineiro viveu boa semana em São Paulo, onde somou quatro pontos -havia vencido o Palmeiras na última terça.

O confronto ainda marcou o reencontro entre o técnico Emerson Leão e o Cruzeiro. Depois de uma brilhante passagem pelo Santos, o comandante chegou a trabalhar na Toca da Raposa antes de chegar ao São Paulo, time que dirigiu pela segunda vez neste sábado.

No Cruzeiro, Leão fez campanha marcada pela irregularidade. O atual comandante do São Paulo esteve à frente da equipe mineira em 13 partidas. Perdeu sete, empatou uma e venceu cinco, números que renderam 41% de aproveitamento.

As duas equipes terão mais de uma semana para descansar e só voltam a campo no dia 19 de setembro. Às 16 horas, o São Paulo disputa o clássico contra o emergente Corinthians. Uma hora mais tarde, o Cruzeiro recebe o Atlético-PR, uma das melhores equipes do Brasileiro, no Mineirão.

O jogo
No início, as duas equipes tiveram a marcação como principal preocupação. O Cruzeiro preferiu esperar o São Paulo em seu campo e apostou nos contra-ataques. Os donos da casa, por sua vez, abafaram a saída de bola dos mineiros.

E a estratégia paulista teve melhor efeito nos primeiros minutos. Aos poucos, o São Paulo assumiu o controle das ações e passou a dominar o confronto. O problema é que os comandados de Emerson Leão sentiram falta de aproximação entre os meias e os atacantes.

Tanto é que a primeira jogada de perigo surgiu em um lance individual do atacante Grafite. O jogador disputou a bola, encontrou espaços e invadiu a área. Mesmo desequilibrado, arriscou a conclusão. A bola passou à esquerda do gol defendido por Artur.

A melhor chance do São Paulo, contudo, aconteceu aos 16min. Fábio Santos foi à linha de fundo e cruzou. Completamente livre de marcação, dentro da pequena área, o meia Danilo subiu mal e errou o cabeceio. A bola passou à frente do gol e sobrou do outro lado do gramado para a defesa mineira.

Aos poucos, o São Paulo começou a encontrar espaços para entrar na defesa cruzeirense. Aos 18min, por exemplo, Grafite invadiu a área pela direita e chutou cruzado. Artur segurou bem.

Os donos da casa dominaram a partida. E quando a armação das jogadas funcionou, complicaram a vida do goleiro Artur. Foi assim aos 20min. Danilo fez lindo lançamento para Jean, que girou o corpo sobre Gladstone e concluiu de pé esquerdo. O camisa 1 do Cruzeiro fez outra grande defesa.

Depois da seqüência de oportunidades desperdiçadas, porém, o São Paulo esmoreceu. Com isso, o nível da partida também desabou e as ações passaram a ficar concentradas no meio-campo.

A única exceção do primeiro tempo aconteceu aos 44min. Jussiê fez grande jogada individual e tocou no meio para Fernando Diniz. O experiente jogador chutou cruzado e a bola passou perto da trave direita de Rogério Ceni.

Só que o lance representou apenas um lampejo de criatividade do Cruzeiro. No segundo tempo, o São Paulo voltou a dominar a partida. Nos minutos iniciais do período complementar, o jogo se concentrou no campo ofensivo da equipe paulista.

Logo aos 2min, Jean recebeu na entrada da área e chutou cruzado. Muito seguro, Artur não teve problemas para defender. O mesmo Jean voltou a assustar aos 5min, depois de linda tabela com Rodrigo. O atacante dominou dentro da área e chutou forte. O goleiro cruzeirense fechou bem o ângulo e interceptou.

A melhor oportunidade do São Paulo no segundo tempo aconteceu aos 12min. Grafite fez bela jogada pelo meio e lançou na direita para Gabriel. O jogador entrou em velocidade e chutou de primeira, rasteiro, no canto esquerdo de Artur. O goleiro mineiro novamente fez boa defesa.

Daí em diante, porém, a história do primeiro tempo voltou a acontecer. O São Paulo diminuiu o ritmo e o Cruzeiro não soube aproveitar. Portanto, as duas equipes deixaram de criar e o jogo ficou truncado demais.

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Rodrigo; Cicinho (Gabriel), César Sampaio, Alê, Danilo e Fábio Santos (Souza); Grafite (Diego Tardelli)e Jean
Técnico: Emerson Leão

CRUZEIRO
Artur, Alessandro, Marcelo Batatais, Gladstone e Leandro (Wendel); Maldonado, Martinez, Fernando Diniz (Sandro) e Sorín, Jussiê e Fred (Márcio)
Técnico: Marco Aurélio

Local: estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Edílson Soares da Silva (RJ)
Assistentes: Eurivaldo Faria Lima e Elson Passos Sena Filho (ambos do RJ)
Cartões amarelos: Fernando Diniz (C), Danilo (S), Lugano (S), Martinez (C), Gabriel (S), Gladstone (C), Jean (S)

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