| 18/05/2005 - 23h36 São Paulo bate Palmeiras e fica a um empate de vaga na Libertadores MBPress Em São Paulo Nem a presença dos reforços Marcinho, Juninho e Washington, que estrearam na Copa Libertadores, salvou o Palmeiras. Jogando no Parque Antarctica, o São Paulo contou com um chute de rara felicidade do lateral-direito Cicinho, de fora da área, e venceu por 1 a 0.
| | Cicinho comemora o gol do São Paulo, enquanto Marcos lamenta; veja fotos | Com este resultado, o São Paulo mantém uma invencibilidade histórica contra o Palmeiras. As duas equipes se encontraram cinco vezes na Copa Libertadores e o time do Morumbi nunca saiu derrotado de campo (quatro vitórias e um empate).
O primeiro encontro entre os dois clubes paulistas na Libertadores aconteceu na edição de 1974. O São Paulo venceu as duas partidas (2 a 0 e 2 a 1) e eliminou o Palmeiras na primeira fase. Naquele ano, a equipe do Morumbi chegou à decisão do torneio sul-americano e perdeu para o Independiente, na Argentina, por 1 a 0 (o volante Zé Carlos, atual técnico José Carlos Serrão, ainda perdeu um pênalti).
Em 1994, Palmeiras e São Paulo também se encontraram nas oitavas-de-final da Copa Libertadores. O primeiro confronto acabou empatado por 0 a 0 e o time do Morumbi venceu por 2 a 1 no segundo (com dois gols de Euller). Porém, assim como em 1974, a equipe paulista ficou com o vice-campeonato (perdeu o título para o Vélez Sarsfield, no Morumbi, nas cobranças de penalidades).
De quebra, a vitória desta quarta-feira ainda rompeu uma série negativa do São Paulo. O time do Morumbi não havia vencido nenhuma partida como visitante nesta edição da Copa Libertadores. Na primeira fase, empatou os três jogos que fez longe de casa (contra The Strongest, Quilmes e Universidad de Chile).
Esta ainda foi a oitava vitória do São Paulo nos 25 confrontos com o Palmeiras disputados no Parque Antarctica, casa do rival. O curioso é que, nos últimos oito jogos entre os dois clubes paulistas neste campo, os donos da casa obtiveram apenas um placar favorável (2 a 1 no dia 29 de setembro de 1996).
Nesta quarta-feira, as duas equipes apresentaram esquemas táticos diferentes. O Palmeiras havia utilizado o 4-4-2 no domingo e perdeu para o Paraná por 2 a 1. Por conta disso, o técnico Paulo Bonamigo escalou a equipe com três zagueiros contra o São Paulo.
MARCOS DESANIMADO | Após a derrota em casa para o São Paulo na primeira partida das oitavas-de-final, o goleiro Marcos admitiu que a classificação do Palmeiras à próxima fase da Libertadores se tornou uma missão distante.
"Ficou muito complicado. Perdemos dentro de casa e não conseguimos marcar um gol. Isso dificulta muito a nossa vida para o jogo de volta", declarou o camisa 1 do Palmeiras. Leia mais. | No clube do Morumbi, Paulo Autuori optou pelo caminho inverso. Ele sacou da equipe titular o zagueiro Edcarlos e apostou no 4-4-2. O meio-campo do São Paulo teve Renan, Mineiro e Josué e apenas Danilo responsável pela armação das jogadas.
Com o camisa 10 sobrecarregado, a principal alternativa ofensiva do São Paulo foi o lateral-direito Cicinho. Autor do gol dos visitantes, o camisa 2 ganhou um argumento forte para apresentar na reunião que tem com a diretoria do clube paulista na próxima quinta-feira. No encontro, a equipe do Morumbi quer renovar o contrato do atleta até o final de 2008.
O confronto decisivo entre as duas equipes paulistas acontecerá na próxima quarta-feira, às 21h45, no Morumbi. Como venceu o primeiro jogo por 1 a 0, o São Paulo precisa apenas de um empate para garantir vaga nas quartas-de-final da Libertadores.
Antes disso, contudo, Palmeiras e São Paulo voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro. No domingo, às 16h, o Tricolor encara o Vasco em São Januário. Mais tarde, às 18h10, o Palmeiras joga contra o Cruzeiro no Mineirão.
O jogo O técnico Paulo Autuori surpreendeu nesta quarta-feira e escalou o São Paulo com apenas dois zagueiros (Edcarlos deixou a equipe). Na prática, porém, o que se viu foi o volante Renan plantado à frente da defesa e o meio campo com três marcadores (Mineiro, Josué e o próprio Renan).
Com muito poder de marcação e o solitário Danilo na armação das jogadas, o São Paulo criou pouco na etapa inicial. Assim, o primeiro a ameaçar o gol adversário foi o Palmeiras. Washington recebeu passe de Juninho na esquerda aos 21min e cruzou rasteiro para Marcinho, que dominou e chutou de pé esquerdo. Rogério Ceni defendeu com os pés, no meio do gol.
Sem qualidade na criação das jogadas, o São Paulo só conseguiu chegar através das bolas paradas. Foi assim aos 21min, quando Cicinho cobrou falta da direita e Grafite subiu completamente livre de marcação. O camisa 9 cabeceou forte, a bola bateu no chão e passou acima do travessão de Marcos.
AUTUORI SATISFEITO | Nos vestiários do Parque Antarctica, após a vitória parcial no confronto com o Palmeiras pelas oitavas-de-final da Libertadores, o técnico Paulo Autuori rasgou elogios à defesa do São Paulo, que sofreu apenas um gol em quatro jogos sob seu comando.
"Sofremos apenas um gol e ele aconteceu em um pênalti que não existiu (na goleada por 5 a 1 sobre o Corinthians). Estamos jogando com a bola no chão, sem perder a eficiência defensiva", analisou. Leia mais. | Com a bola rolando, o São Paulo só conseguiu criar uma oportunidade clara aos 32min. Cicinho roubou a bola de Marcinho Guerreiro na intermediária, invadiu a área pela direita e chutou cruzado. Marcos defendeu e o rebote ficou com Grafite, que bateu de primeira. Marcos mostrou agilidade, levantou rapidamente e conseguiu praticar nova defesa.
Apesar deste lampejo de criatividade, o meio-campo do São Paulo não funcionou na etapa inicial. Prova disso é que o centroavante Grafite reclamou no intervalo. "Estamos nos livrando da bola e os atacantes nem recebem passes. Assim fica complicado jogar", analisou o camisa 9.
No entanto, a reclamação da Grafite não surtiu efeito no período complementar. As duas equipes seguiram sem criatividade e os goleiros pouco trabalharam. Truncado, o jogo só teve uma alteração em seu panorama graças a um lance individual.
Cicinho dominou a bola na direita aos 14min e driblou para o meio. Pressionado por Lúcio, o camisa 2 do São Paulo arriscou um chute de pé esquerdo, de muito longe, e mandou a bola no ângulo esquerdo do goleiro Marcos.
Ainda no segundo tempo, o atacante Marcinho ainda teve uma ótima oportunidade aos 32min. O jogador cobrou falta da intermediária, de muito longe, e acertou o travessão do goleiro Rogério Ceni.
PALMEIRAS Marcos; Gabriel, Gláuber (Alceu) e Daniel; Bruno, Correa, Marcinho Guerreiro (Osmar), Juninho e Lúcio; Marcinho e Washington Técnico: Paulo Bonamigo SÃO PAULO Rogério Ceni; Cicinho, Fabão, Lugano e Júnior; Renan, Mineiro, Josué e Danilo; Grafite (Diego Tardelli) e Luizão (Edcarlos) Técnico: Paulo Autuori Local: estádio do Parque Antarctica, em São Paulo (SP) Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho (Brasil) Auxiliares: Ednílson Corona e Ana Paula Oliveira (ambos do Brasil) Cartões amarelos: Gláuber (P), Cicinho (S), Luizão (S), Osmar (P) Gols: Cicinho, aos 14min do segundo tempo
Mesmo com revés, Bonamigo acredita "Cusparada não foi intencional", diz Alceu Cicinho comemora mais um gol salvadorUOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |