| 28/07/2005 - 09h05 Morre Jair Rosa Pinto, remanescente do Brasil da Copa de 1950 Da Redação Em São Paulo Jair Rosa Pinto, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro nos anos 40 e 50, faleceu na madrugada desta quinta-feira no Rio de Janeiro, vítima de embolia pulmonar.
| | Leia mais e veja outras fotos da vitoriosa carreira de Jair Rosa Pinto | O ex-jogador, que defendeu a seleção na Copa do Mundo de 1950, estava internado no Hospital da Lagoa, na zona sul da capital carioca, onde se recuperava de uma cirurgia no abdômen.
O corpo do ex-jogador, que tinha 84 anos, será velado no Cemitério do Caju, na região portuária do Rio de Janeiro, e cremado no fim da tarde.
Jair Rosa Pinto teve uma das mais longas e brilhantes carreiras do futebol brasileiro. Franzino, pernas finas, seu fortíssimo chute de canhota foi o terror dos goleiros nas décadas de 40 e 50, transformando-o num dos maiores meias ofensivos do país.
Começou no Madureira formando um trio de sucesso com Lelé e Isaías. Os três ficaram conhecidos como "Os Três Patetas" e chegaram rapidamente à seleção brasileira. Em 1943, transferiu-se para o Vasco da Gama, pelo qual foi campeão carioca invicto em 1945. Tinha ao seu lado feras como Barbosa, Ademir Menezes, Danilo Alvim e Chico, no famoso time chamado de "Expresso da Vitória".
FICHA TÉCNICA DE JAIR | Nome: Jair Rosa Pinto Nascimento: 21/03/1921 - Quatis/RJ Altura: 1,70 m Peso: 62 kg Chuteira: 38 Posição: Meia-atacante Clubes: Madureira (1938-1942), Vasco (1943-1946), Flamengo (1947-1949), Palmeiras (1950-1955), Santos (1956-1960), São Paulo (1961-1962) e Ponte Preta (1963-1964) Títulos: Campeonato Carioca (1945-Vasco); Copa América (1949-seleção); Campeonato Paulista (1950-Palmeiras); Torneio Rio-São Paulo (1951-Palmeiras); Copa Rio (1951-Palmeiras); Campeonato Paulista (1956 e 1958-Santos); Torneio Rio-São Paulo (1959-Santos); artilheiro da Copa América (1949-seleção) | Em 1948, numa transferência milionária e polêmica, Jair deixou o Vasco para defender seu maior rival, o Flamengo. No rubro-negro, preencheu o vazio deixado por Zizinho, que fora negociado com o Bangu.
Era a estrela maior do time da Gávea, mas numa decisão, em 1949, a torcida acusou-o de ter facilitado as coisas na derrota para o Vasco por 5 x 2, depois de o Mengo estar ganhando por 2 x 0. Jair, ex-vascaíno, teve de deixar o Flamengo. Foi vendido ao Palmeiras.
No time paulista, Jajá de Barra Mansa (como o meia ficou conhecido no futebol, em alusão à cidade vizinha à sua terra natal, Quatis) conquistou, além de um Campeonato Paulista, a Copa Rio (1951), uma espécie de mundial interclubes. Jair foi o grande comandante da equipe no empate por 2 x 2 com a Juventus, da Itália, que valeu a faixa de campeão.
Em 1956, Jair foi para o Santos, numa troca com o zagueiro Formiga. No Peixe, ajudou o time nas conquistas do Campeonato Paulista de 1956 e de 1958 (o último jogando ao lado de Pelé). Jajá ainda defendeu o São Paulo e a Ponte Preta, na qual encerrou a carreira aos 43 anos.
Jair também teve grandes momentos na Seleção Brasileira, com a qual conquistou o vice-mundial em 1950 e o título sul-americano de 1949. No entanto, depois da derrota em 50, no Maracanã, para o Uruguai, ele vestiu a camisa amarela apenas em mais duas oportunidades, embora continuasse a ser um dos mais talentosos meias armadores do Brasil. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |