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O Grêmio fez valer o apoio de sua torcida nesta quarta-feira e deu um grande passo rumo à final da Copa Libertadores 2007. Com um placar construído no primeiro tempo, o time gaúcho mostrou superioridade e venceu o Santos por 2 a 0, no estádio Olímpico. Desta forma, o clube tricolor pode perder por até um gol de diferença no jogo da volta que estará classificado.
"Apenas realizamos aquilo que estávamos fazendo em casa nos outros jogos. Foi uma vitória muito importante. Só precisamos melhorar nosso retrospecto fora e repetir o que fizemos aqui para ir à final", comemorou o volante Sandro Goiano após o apito final. Com o resultado desta noite, o Grêmio manteve a escrita de não ter levado nenhum gol em casa na Libertadores deste ano. A equipe também ostenta agora uma seqüência de 11 vitórias consecutivas em seu estádio. A última vez em que o clube tricolor não triunfou no Olímpico foi no dia 21 de abril, quando perdeu para o Esportivo-RS por 2 a 1, pelo Campeonato Gaúcho. Além disso, o Grêmio conseguiu acabar com a invencibilidade do Santos na competição. Dono de campanha absoluta na primeira fase, o clube da Baixada havia vencido dez jogos e empatado outros dois até o início das semifinais. Com o esquema 4-4-2 bem definido, o técnico Mano Menezes teve apenas uma dúvida em relação à presença do meia Tcheco. O atleta sentiu uma lesão na coxa direita, mas se recuperou a tempo do jogo e atuou durante o primeiro tempo. Vanderlei Luxemburgo, por sua vez, deus sinais de que poderia escalar o time com três zagueiros, assim como fez nas outras partidas de mata-mata em que o Santos era visitante. Contudo, o treinador desistiu da idéia e adotou uma formação semelhante a do rival. Nos minutos iniciais da partida, as duas equipes deram prioridade à marcação e não se lançaram ao ataque com grande intensidade. Porém, com o decorrer do duelo, o confronto ficou mais aberto e ambos os lados encontraram mais facilidade para trocar passes em volta da área adversária. Com isso, também apareceram as chances de gol. Melhor para o Grêmio, que se aproveitou de um pênalti duvidoso convertido por Tcheco, aos 34min, para sair na frente. Depois do lance, os anfitriões permaneceram ligados no ataque e Carlos Eduardo ampliou aos 36min, após falha da defesa alvinegra. Na etapa final, os visitantes adotaram uma postura mais ofensiva, mas tiveram dificuldades para superar a boa marcação do rival. Nem mesmo as entradas de Pedrinho e Rodrigo Tabata no intervalo, nos lugares de Alessandro e Jonas, renovaram a criação de jogadas dos paulistas, que não evitaram o revés. Com a derrota, o Santos precisará mostrar mais uma vez grande poder de superação para sair de um resultado adverso e conquistar a classificação. Isso aconteceu nas oitavas e quartas-de-final, quando o time saiu perdendo para Caracas-VEN e América-MEX nos jogos da volta, mas conseguiu a virada contando com grande apoio de sua torcida. "Faltou paciência para nós, não conseguimos jogar. Eles fizeram uma ótima marcação e teremos que nos doar ao máximo em casa. Essa é nossa única chance de ir à final", lamentou o volante Maldonado. Ambas as equipes se concentram agora na disputa da quarta rodada do Campeonato Brasileiro. No sábado, o Grêmio enfrenta o Botafogo no Maracanã, às 18h10. Já o Santos entra em campo no dia seguinte no clássico contra o Corinthians, na Vila Belmiro, às 16h. GRÊMIO Saja; Patrício, William, Teco e Lúcio; Gavilán, Sandro Goiano, Tcheco (Ramon) e Diego Souza (Edmílson); Carlos Eduardo e Tuta Técnico: Mano Menezes SANTOS Fábio Costa; Alessandro (Pedrinho), Adaílton, Ávalos e Kléber; Maldonado, Rodrigo Souto, Cléber Santana (Moraes) e Zé Roberto; Jonas (Rodrigo Tabata) e Marcos Aurélio Técnico: Vanderlei Luxemburgo Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS) Árbitro: Sérgio Pezzota (ARG) Auxiliares: Rodolfo Otero e Juan Carlos Rebollo (ambos da ARG) Renda: R$ 1.115.850,00 Público: 46.123 pagantes Cartões amarelos: Ávalos (S), Tuta (G), Patrício (G), Sandro Goiano (G), Rodrigo Tabata (S) e Lúcio (G) Gols: Tcheco, aos 34min e Carlos Eduardo, aos 36min do primeiro tempo |