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Evaldo Cruz 12/01/1945 Campos-RJ Times - Fluminense-RJ (63-66) - Cruzeiro (66-74) - Esab-MG (74) - Marília-SP (74) - Cruzeiro (75) - Deportivo Itália, da Venezuela (76-77) Títulos - Carioca (64, pelo Fluminense) - Taça Brasil (66, pelo Cruzeiro) - Mineiro (66, 67, 68, 69 e 73, pelo Cruzeiro) |
Bernardo Lucas, do Pelé.Net BELO HORIZONTE - Ex-jogador de Fluminense e Cruzeiro, que viveu seus melhores momentos ao lado de Tostão, Dirceu Lopes e Raul, na equipe celeste, entre outros craques, Evaldo vê no seu trabalho com jovens carentes, a realização como treinador, que nunca conseguiu como técnico profissional em grandes equipes de futebol do Brasil.
"É um projeto muito legal e bonito. Trabalhamos com meninos que têm maior necessidade entre 16 e 17 anos. A gente leva um pouco do que aprendemos, nos vários anos de profissão, a esses meninos. É um grande projeto, que tem o ex-jogador Palhinha como o cabeça da idéia", comentou Evaldo, de 63 anos. Além dele e de Palhinha, participam também outros ex-jogadores, como Paulo Isidoro e Piazza. "Entrei em janeiro deste ano. Depois de um logo tempo afastado eu voltei a trabalhar com futebol, que é o que eu gosto, sei bem como funciona e é o que marcou a minha vida", disse Evaldo. Depois de ser desenvolvido em Ibirité, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, os treinos dos times que participam do programa foram transferidos para o Centro Esportivo Universitário (CEU). "Nós damos treinamentos segunda, terça e quinta, temos um campo para poder treinar lá no CEU, temos algumas dificuldades, mas apensar disso, o projeto é muito bom e já existe há bastante tempo ajudando as crianças", observou. "Eu vi neste convite a chance de fazer o que eu mais gosto, juntamente com o público, com as pessoas que eu gosto que são as crianças. Tentei por muito tempo treinar uma equipe profissional, mas percebi que a minha felicidade é em ajudar de alguma forma as crianças, posso dizer que venho me realizando profissionalmente e também pessoalmente. É algo muito especial para mim", revelou o ex-atacante. Desilusão Após abandonar a carreira de jogador, depois de passagem pelo futebol venezuelano, em 1977, Evaldo apostou na carreira de treinador. Ele comandou times das divisões de base de Atlético-MG e Cruzeiro, teve passagens pelas equipes principais de América, Villa Nova, Mamoré (Patos de Minas) e Ceilândia (Distrito Federal), entre outros, além de ter sido auxiliar no Botafogo e Fortaleza. O ex-jogador aponta a falta de sorte e de oportunidade em trabalhar em uma equipe boa, com bons jogadores, como os principais fatores para ter se firmado na profissão. "Eu nunca tive a chance de pegar um time bom, com bons valores, por isso nunca deu certo. Acabava ficando pouco tempo e acabava saindo, pois futebol é isso, tem muita rotatividade", comentou. Ele considera que o seu melhor momento como treinador foi no juvenil do Atlético me ser orgulha de ter ajudado a descobrir muitos jogadores. Evaldo cita uma lista grande, em que se destacam, entre outros, os laterais Mancini e Dedê o zagueiro Cláudio Caçapa e o meia Lincoln, que brilham nos gramados europeus. Nascido em Campos, no estado do Rio, Evaldo diz que viveu uma decepção com alguns jogadores na época em que treinava o América, o que contribuiu para abandonar a carreira. "Esses jogadores saíam do treinamento e iam para um armazém perto do CT, para fazer confusão, beber e isso afetava em campo. Quando fiquei sabendo fiquei muito decepcionado com tudo isso", lamentou Evaldo, que não quis revelar os nomes dos atletas. Ele garante que não pretende retomar a carreira de técnico em times profissionais, mas admite a vontade de atuar como uma espécie de "olheiro". |