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Agora 'vovôs', Falcão e Lenísio mudam de ideia e almejam o Mundial de 2012

Em 2010, Falcão e Lenísio comandam a nova geração da seleção brasileira - Zerosa Filho/CBFS
Em 2010, Falcão e Lenísio comandam a nova geração da seleção brasileira Imagem: Zerosa Filho/CBFS

Renan Prates

Em Foz do Iguaçu *

22/04/2010 07h00

Em 2008, ano que a seleção brasileira conquistou no Rio de Janeiro o campeonato mundial, o ala Falcão e o fixo Lenísio tinham o mesmo pensamento de que não chegariam a disputar o Mundial de 2012. Dois anos depois e mantido o desempenho em alto nível, a dupla da Malwee Jaraguá mudou de ideia e pensa em estar na Cingapura daqui dois anos.

FALCÃO COBRA MAIS PROTAGONISMO

  • Beto Costa/CBFS

    Ele é indiscutivelmente o maior representante do futsal no Brasil na atualidade. No entanto, aos 32 anos, o ala Falcão reconhece que está ficando velho. Na entrevista que concedeu ao UOL Esporte o jogador falou da nova geração. O craque da Malwee Jaraguá observou que não possui súditos à sua altura, algo que o deixa preocupado.

“O título em 2008 me deu uma motivação extra. Quando estou na seleção brasileira sempre tenho uma motivação máxima que eu consegui manter até agora. Depende do treinador, mas eu acredito nisso”, declarou Lenísio.

“Me vejo indo até 2012 sim, porque estou muito animado, principalmente agora com o Pipoca de treinador...Seleção é momento, e hoje o meu momento é excelente”, emendou Falcão.

Vale lembrar que tanto Falcão quanto Lenísio estarão em idade avançada em 2012 – o ala terá 35 anos, enquanto o pivô completará 36. Ambos fazem parte da geração que encantou o mundo do futsal, mas parou na Espanha em dois Mundiais (2000 e 2004) se vingando no último.

Questionado sobre o assunto, o atual treinador da seleção brasileira Marcos Sorato, o Pipoca (ex-auxiliar do antecessor PC de Oliveira), reconheceu a importância da dupla da Malwee para a nova seleção brasileira e deu a entender que irá contar com os dois em 2012.

“A gente veio agora do Sul-Americano onde o artilheiro foi o Lenísio e o vice foi o Falcão. Jogaram todos os jogos, sem lesão, condição física muito boa. O talento a gente já conhece, então enquanto eles tiverem numa condição física boa e motivados com certeza vão ter o seu lugar na seleção”, decretou o treinador.

Quem quer ‘pegar carona’ nesta tendência é o pivô Vander Carioca. O jogador, que retornou este ano para o futsal brasileiro, quer regressar também para a seleção brasileira, mesmo sabendo que não é mais um menino.

“Estando mais próximo do Brasil, acho que isso facilita para dar continuidade ao meu trabalho. Estou com 33 anos. Acho que ainda posso jogar dois, três anos em alto nível. Agora é rezar para que não tenha lesões, porque nessa idade dificulta a recuperação”, confessou.

* O repórter viajou a convite da organização do evento