Família Hypólito tem dois representantes no Mundial de ginástica artística
Agência Folha
Em São Paulo
De um lado, Daniele, 18, mais experiente, mais rica e, agora, considerada forte candidata a uma medalha. De outro, Diego, 16, o irmão mais novo da principal ginasta do país, que realiza sua estréia em Mundiais.
A família Hypólito assiste nesta terça-feira, quando começa o Mundial de ginástica artística por aparelhos em Debrecen (HUN), à primeira competição internacional com os dois irmãos como destaques da delegação brasileira, que levou mais seis ginastas para a Europa -Daiane dos Santos, lesionada, era dúvida até a noite de hoje.
Daniele, que em 2001 obteve a medalha de prata -a primeira da história do Brasil- no Mundial de Ghent após viajar com uma ajuda de custo do atacante Ronaldo e doações da apresentadora Xuxa, compete na Hungria, em meio a outras 89 mulheres e 194 homens, com um outro status.
Após angariar seis patrocinadores e sagrar-se pentacampeã brasileira -é ainda dona da melhor posição do país em Olimpíadas (20º lugar)-, Daniele compete como favorita. Mas, apesar dos quatro pódios internacionais neste ano, desdenha da condição de candidata ao ouro no solo.
"Cresci na ginástica, mas continuo a mesma. O que mudou é que agora posso ajudar as pessoas", diz ela, que subsidia pelo menos três atletas no Rio e que foi objeto de discurso do presidente FHC, quando este pediu a liberação de verbas para a ginástica brasileira.
Já Diego, que deixou o Pan-Americano de Santo Domingo com três medalhas (dois ouros), debuta no Mundial tentando se aproximar da marca de Cristiano Albino: 21º lugar no salto em 1996.
Se Diego começa a despontar, o amadurecimento em Daniele, desde a prata, já é evidente. "Do ano passado para cá, ela ficou mais segura. Antes era a Daniele que queria treinar fora, agora ela recebe convites [para ir ao exterior], da França, por exemplo", diz o irmão Edson, 20, auxiliar técnico do Flamengo e que incentivou a irmã começar no esporte.
Além de trilharem os mesmos caminhos -começaram em Santo André e hoje estão no Flamengo-, Daniele e Diego cumprem treino similar: sete horas por dia.
Por conta de compromissos promocionais, porém, a ginasta vem sacrificando domingos e quintas-feiras, dias que reservava para a praia, os passeios no shopping e as sessões de cinema.
O resultado, entre viagens e competições, é que a escola fica "de lado"'. Namorado? "Só em 2007 [quando Daniele estiver se aposentando]", brinca Edson.
Mas o dinheiro acumulado permitiu a compra de uma casa. E a mãe, Geni, hoje se dedica à carreira da filha, que é empresariada por Marlene Matos e Davi Lima.
"A Daniele não acreditava no que havia ocorrido. Só agora ela assimilou tudo", completa Edson.
Em São Paulo
De um lado, Daniele, 18, mais experiente, mais rica e, agora, considerada forte candidata a uma medalha. De outro, Diego, 16, o irmão mais novo da principal ginasta do país, que realiza sua estréia em Mundiais.
A família Hypólito assiste nesta terça-feira, quando começa o Mundial de ginástica artística por aparelhos em Debrecen (HUN), à primeira competição internacional com os dois irmãos como destaques da delegação brasileira, que levou mais seis ginastas para a Europa -Daiane dos Santos, lesionada, era dúvida até a noite de hoje.
Daniele, que em 2001 obteve a medalha de prata -a primeira da história do Brasil- no Mundial de Ghent após viajar com uma ajuda de custo do atacante Ronaldo e doações da apresentadora Xuxa, compete na Hungria, em meio a outras 89 mulheres e 194 homens, com um outro status.
Após angariar seis patrocinadores e sagrar-se pentacampeã brasileira -é ainda dona da melhor posição do país em Olimpíadas (20º lugar)-, Daniele compete como favorita. Mas, apesar dos quatro pódios internacionais neste ano, desdenha da condição de candidata ao ouro no solo.
"Cresci na ginástica, mas continuo a mesma. O que mudou é que agora posso ajudar as pessoas", diz ela, que subsidia pelo menos três atletas no Rio e que foi objeto de discurso do presidente FHC, quando este pediu a liberação de verbas para a ginástica brasileira.
Já Diego, que deixou o Pan-Americano de Santo Domingo com três medalhas (dois ouros), debuta no Mundial tentando se aproximar da marca de Cristiano Albino: 21º lugar no salto em 1996.
Se Diego começa a despontar, o amadurecimento em Daniele, desde a prata, já é evidente. "Do ano passado para cá, ela ficou mais segura. Antes era a Daniele que queria treinar fora, agora ela recebe convites [para ir ao exterior], da França, por exemplo", diz o irmão Edson, 20, auxiliar técnico do Flamengo e que incentivou a irmã começar no esporte.
Além de trilharem os mesmos caminhos -começaram em Santo André e hoje estão no Flamengo-, Daniele e Diego cumprem treino similar: sete horas por dia.
Por conta de compromissos promocionais, porém, a ginasta vem sacrificando domingos e quintas-feiras, dias que reservava para a praia, os passeios no shopping e as sessões de cinema.
O resultado, entre viagens e competições, é que a escola fica "de lado"'. Namorado? "Só em 2007 [quando Daniele estiver se aposentando]", brinca Edson.
Mas o dinheiro acumulado permitiu a compra de uma casa. E a mãe, Geni, hoje se dedica à carreira da filha, que é empresariada por Marlene Matos e Davi Lima.
"A Daniele não acreditava no que havia ocorrido. Só agora ela assimilou tudo", completa Edson.
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