Daniele Hypólito compete para superar prata do Mundial passado
Cristiano Cipriano Pombo
Agência Folha
Em São Paulo
Quando entrar neste domingo no tablado de Debrecen, fizer, como de costume, uma prece pedindo proteção a Deus e iniciar a disputa da final do solo no Mundial de ginástica artística, Daniele Hypólito, 18, colocará à prova a melhor temporada de sua carreira e o melhor momento do país no esporte.
Sob o som do grupo Scorpions e com uma nova coreografia -ensaiada há pouco mais de um mês-, a principal ginasta do país busca superar, a partir das 12h (de Brasília), a prata conquistada no Mundial de Ghent-2001, que lhe projetou internacionalmente e permitiu que obtivesse patrocínio, reconhecimento e convites (para treino e competições).
Mesmo sendo favorita ao ouro, Daniele desdenha da condição e vê fora do tablado seus maiores adversários. "Sou igual a todas as outras meninas. Sou como a Caroline (Molinari), a Camila (Comin) e a Daiane (dos Santos)", diz Daniele, que não terá pela frente tradicionais rivais, como Andreea Raducan (bicampeã mundial de solo) e Daiane (lesionada). A principal concorrente será Samantha Sheehan (EUA), que a superou na semifinal, sexta.
Sem se ater às rivais, a paulista tem em seu peso e no material de treino seus principais rivais.
"Adoro lasanha. Como à vontade, até escondo uns biscoitos na bagagem. A Daniele faz um controle rigoroso e vai à nutricionista", diz seu irmão mais novo, Diego Hypólito, 16, que também compete na Hungria e, em sua estréia em Mundiais, obteve a melhor posição do Brasil no masculino com o oitavo lugar no solo -hoje ele disputa a final.
"A Daniele está um pouco acima do peso, mas está bem melhor do que no mês passado, quando foi a Glasgow (e ficou em sétimo lugar)", diz Vicélia Florenzano, presidente da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).
Alheia aos comentários, a atleta rebate de forma incisiva: "Não comento meu peso. Isso já me trouxe problemas. Hoje eu apenas trabalho, ou seja, treino". Daniele, segundo a federação internacional, tem 1,47 m e 45 kg.
Se isso não atrapalha a performance da atleta, Daniele fica furiosa com a falta de estrutura no Flamengo e a promessa do governo e de entidades em reestruturar o esporte no clube. A alta do dólar e a demora para regulamentação da lei que permite a importação de material consumiram até o mês passado, segundo a Folha de S.Paulo revelou, R$ 31 mil em materiais.
E neste domingo, diante da maior delegação do país -pelo menos 14 pessoas foram à Hungria, num investimento recorde de R$ 90 mil da CBG e do COB-, que reapareceu para a ginástica em 2000, com Daniele e seu histórico 20º lugar em Sydney, e dispõe de verba anual de R$ 900 mil da Lei Piva e de resultados, ela tentará simplesmente cumprir seu trabalho.
Agência Folha
Em São Paulo
Quando entrar neste domingo no tablado de Debrecen, fizer, como de costume, uma prece pedindo proteção a Deus e iniciar a disputa da final do solo no Mundial de ginástica artística, Daniele Hypólito, 18, colocará à prova a melhor temporada de sua carreira e o melhor momento do país no esporte.
Sob o som do grupo Scorpions e com uma nova coreografia -ensaiada há pouco mais de um mês-, a principal ginasta do país busca superar, a partir das 12h (de Brasília), a prata conquistada no Mundial de Ghent-2001, que lhe projetou internacionalmente e permitiu que obtivesse patrocínio, reconhecimento e convites (para treino e competições).
Mesmo sendo favorita ao ouro, Daniele desdenha da condição e vê fora do tablado seus maiores adversários. "Sou igual a todas as outras meninas. Sou como a Caroline (Molinari), a Camila (Comin) e a Daiane (dos Santos)", diz Daniele, que não terá pela frente tradicionais rivais, como Andreea Raducan (bicampeã mundial de solo) e Daiane (lesionada). A principal concorrente será Samantha Sheehan (EUA), que a superou na semifinal, sexta.
Sem se ater às rivais, a paulista tem em seu peso e no material de treino seus principais rivais.
"Adoro lasanha. Como à vontade, até escondo uns biscoitos na bagagem. A Daniele faz um controle rigoroso e vai à nutricionista", diz seu irmão mais novo, Diego Hypólito, 16, que também compete na Hungria e, em sua estréia em Mundiais, obteve a melhor posição do Brasil no masculino com o oitavo lugar no solo -hoje ele disputa a final.
"A Daniele está um pouco acima do peso, mas está bem melhor do que no mês passado, quando foi a Glasgow (e ficou em sétimo lugar)", diz Vicélia Florenzano, presidente da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).
Alheia aos comentários, a atleta rebate de forma incisiva: "Não comento meu peso. Isso já me trouxe problemas. Hoje eu apenas trabalho, ou seja, treino". Daniele, segundo a federação internacional, tem 1,47 m e 45 kg.
Se isso não atrapalha a performance da atleta, Daniele fica furiosa com a falta de estrutura no Flamengo e a promessa do governo e de entidades em reestruturar o esporte no clube. A alta do dólar e a demora para regulamentação da lei que permite a importação de material consumiram até o mês passado, segundo a Folha de S.Paulo revelou, R$ 31 mil em materiais.
E neste domingo, diante da maior delegação do país -pelo menos 14 pessoas foram à Hungria, num investimento recorde de R$ 90 mil da CBG e do COB-, que reapareceu para a ginástica em 2000, com Daniele e seu histórico 20º lugar em Sydney, e dispõe de verba anual de R$ 900 mil da Lei Piva e de resultados, ela tentará simplesmente cumprir seu trabalho.
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