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Homens da ginástica dizem que jurados tiraram 2ª vaga de Atenas

20/08/2003 00h00

Agência Folha
Em São Paulo

A vaga de Mosiah Rodrigues em Atenas-2004 e o fim de um jejum de 12 anos sem um brasileiro no torneio olímpico masculino da modalidade não foram suficientes para esconder a irritação da seleção com a arbitragem.

Segundo Rodrigues, 21, os brasileiros foram muito prejudicados pelas notas de partida dos jurados, das quais são descontadas, depois, as falhas do atleta durante a execução de seu exercício -em resumo, é a nota máxima que o atleta pode tirar.

"Ninguém errou. Fizemos tudo certo. Mas, em razão de questões de tradição e política, eles (os jurados) davam notas de partida 9,7 para a gente, e não 10. Foi um absurdo. Pena que o nosso resultado só vai nos ajudar a mudar isso no futuro."

Segundo Diego Hypólito, primeiro atleta do país a alcançar duas finais de aparelhos (solo e salto sobre o cavalo) em Mundiais e que é o único a voltar a competir no fim de semana, a equipe protestou, mas só conseguiu um acréscimo de 0,8 ponto e ficou em 19º -se tivesse terminado em 18º, ganharia mais uma vaga para Atenas.

Mosiah diz que os erros do jurados custaram a segunda vaga. "Ficamos a 0,46 ponto da Bulgária (18ª). Duas notas sem o desconto de 0,3 já seriam suficientes para o Brasil levar outra vaga."